sexta-feira, 16 de junho de 2006

Na Pré-história...


Apesar de ser da geração dos nossos avós, não perdia um episódio... Era chegar do Liceu, às seis e meia, fazer as torradas e plantava-me em frente à TV.

O meu pai ainda hoje é fã. Quando ele comprava BD's no quiosque do Mon Ami era certinho vir um Flash Gordon (geralmente emparceirado com o Mascarilha, com o Major Alvega e com o Tex. Quando eu estava presente nessas compras colturais, pedinchava um Tarzan).

Mas voltando ao Flash Gordon: Lembram-se da nave espacial? Era um foguetão que se deslocava na horizontal; aterrava e descolava aos círculos! O reactor deitava faíscas como uma pedra de isqueiro. Mas era bem fixe...

Hoje deu-me para isto! Gostava de rever todas as séries que postei...

Já agora também recordo outra história: Muitas das BD's de que falei ficaram na casa de Cacela, onde passavamos férias. Outras foram dadas aos pescadores de lá da terra, que também eram leitores a sério das obras distribuídas pela Agência Dias da Silva (foi o Marcelino, que ía à pesca comigo, que me deu a conhecer as Aventuras de Korak - O filho de Tarzan). Outras ainda foram emprestadas: há muitos anos, um colega de Liceu levou de minha casa dois enormes sacos de plástico de BD's - num deles até ía um Antigo Testamento com umas ilustrações do caraças! Tempos depois, os meus livros foram entrando, um a um - ou talvez todos de uma só vez - na corrente sanguínea desse colega... foram-se os livros e, alguns anos depois, foi-se o colega!... Como diziam os romanos: sit tibi terra levis.

Felizmente, o que não chegou a ir foi A Ilha Mistriosa de Júlio Verne, com desenhos de Francesco Caprioli - um artísta fantástico que ainda subiu mais na minha consideração quando ouvi o H. Pratt a dizer que o considerava fenomenal. Foi um marco da BD italiana... E este livro é do melhor... Já o emprestei a alguns de vocês, que sempre o gabaram!

1 comentário:

Rui disse...

Esse Flash Gordon versus o imperador Mingo é uma das minhas cenas preferidas que vi em TV, EVER!

A Ilha Misteriosa, sim. Bem lembrado. Mas marcou-me ainda mais o Viagem ao Centro da Terra (que ando ansioso por o voltar a ler calmamente). A aventura doida no miolo do planeta, com entrada secreta nesse exótico país que é a Islândia. Jamais me esqueci. Os vulcões, a espeleologia e as loucas peripécias nesse sitio improvável...