segunda-feira, 19 de junho de 2006

De mão em mão

Durante anos passamos a vida a ficar com as motas (e os carros e as bicicletas até) uns dos outros. Trocavam de mãos e escreviam novos capítulos em longas histórias que é pena não conseguirem contar, já que se exprimem com pouco mais do que com ruído de escape e fumo malcheiroso.
Algumas dessas heranças já foram aqui evocadas em mais do que uma vez. Porque não reunir a memória desses laços "homem-máquina" num mesmo sítio?

Um post que bem pode estar aqui para durar a acumular comentários e que surgiu na sequência de um outro, mais abaixo ("foto 18).

Não me recordo onde fui buscar esta bela foto. Grande tunning, não é? Parabéns ao dono da máquina (que deve ser a esta hora alguém com as vértebras em forma de moeda)!

8 comentários:

Rui disse...

Do N.G. passou para mim uma Casal RZ50 (Casal de 6 vel., radiador)que já aqui apareceu noutros posts.
Era integralmente branca e anos depois passou a preto e cinza com uma risca diagonal vermelha.
Hei-de a mostrar aqui.
O N. curtiu-a bem. Eu tentei não fazer por menos (e não fiz mesmo).

Anónimo disse...

parece-me mais obra de um esteta que levou às ultimas consequências o lema "form fallows function" do que um adepto do tuning...
senão vejamos;
no que deve ter sido uma V5 comprada com muito sacrificio num qualquer stand SIS SACHS, o posterior proprietário retirou todo e qualquer acessório não essencial ao funcionamento da máquina

convem referir que neste ponto já nem é toura mas sim máquina alias um esteta nunca teria uma toura

melhorou-a nalguns aspectos; forqueta "Tabor" regulada para baixo, "escape de rendimento", carburador "Del'Orto" , alongamento (via solda) do braço traseiro e extremo dos extremos suprimiu o amortecedor traseiro por uma barra de aço, passando de uma classica "bi-amortecedor" para o revolcionário sistema "mono-barra"

arriscaria dois bitaites:
o aspecto minimalista do assento, diz tanto sobre o extremismo a que este "esteta" chegou como das capacidades de amortecimento do seu rabo

muito provavelmente esta foto faz parte do dossier clinico do medico que recentemente operou o dito proprietario as costas substituindo 74% das vertebras por uma barra...desta vez em platina

Sérgio R disse...

Esta mota tem a melhor suspensão que alguma vez vir!!!!!!!!

Eu também tive uma Flandria de 1964 que era do tio Zé. Depois "troquei-a" ao meu pai por um amplificador - o Furacão.

Mais tarde fiquei com a casal de 5 do Nossa, por 20 contos. Vendi-a pelo preço da guitarra eléctrica - 17 contos. Mas vendi-a com o motor novo porque antes de a vender resolvi desmontá-la. Comprei peças novas para o motor e tudo. Mas assaltaram-me a garagem e levaram tudo o que era novo e deixaram tudo o que era velho (já postei sobre isto). Comprei tudo em repetido...

A Casal de 5 do Nossa, que depois foi minha, incendiou-se no Lugar da Ilha, pelas mão do gajo que a comprou. Tanto chorou o rapaz à minha porta que o meu pai mandou-a arranjar. Alguns anos depois de a ter vendido vi-a à porta do Caravela.... in ilo tempore!

Anónimo disse...

ja tou a ver um dos livros que poderá da compilação dos textos desde belogue
em versão inglesa para abrir o apetite ao filme;

TALES FROM 2 STROKE MINDS

the legendary battle between the train station motorbike legends* and other small stories associated

the machintes:
casal versus sachs
the men:
rokitos versus (cool)freacks

Anónimo disse...

Uma coisa que recordo desse tempo, era a minha adorada Mãe conseguir saber se eu estava em casa só pelo cheiro a fumo que o meu inseparável blusão exalava!

Rui disse...

Não surtiram grande efeito nos commentes, este post, mas queria ainda assim acrescentar aqui que algures no inicio dos 90 (1991/92?) fiquei com a DT ac azul do Zé Pedro S. (a.k.a. "O Porco"),a que denominei Celeste e que foi minha companheira durante alguns belos anos. Até que, claro, apareceu uma Celestina (actual montada) que provocou o recambio para terras nortenhas dessa bela mota. Hoje já não é azul. O nosso amigo Sílvio fez-lhe uma coisa inacreditável: restaurou-a "ao parafuso" e em vez de a manter fiel ao original, deu-lhe o toque "tunning" da época de que temos falado aqui bastantes vezes e pintou-a duma forma que para mim teve um significado especial. O Sílvio fez-me essa surpresa num natal em que finalmente fui à terra-natal e claro, ia caindo para o lado quando levantou o lençol sem se explicar muito.
Fonix! A amizade é uma coisa do caraças!

Anónimo disse...

e o que se chama..amizade "ao parafuso"

Rui disse...

:)