quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ele aí está

Um novinho, a estrear. Que lhe façamos bom uso.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Almoço de Natal


A malta - Jó, Nossa, Artur, Vasco G e Sérgio - almoçou hoje em Miramar e deu duas de letra. É uma tradição que se vai cumprindo desde há uns anitos.
O Vasco G não aparece nas fotos porque já tinha ido embora por causa do "apelo do mar"... Parece que estavam a dar ondas em Rocky Point... Se fossem chocolates ainda se compreendia! ;)

Até ao próximo.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Estações e Apeadeiros, entre Santa Apolónia e Campanhã

Não é um episódio particularmente mirabolante (confesso que desses até os tenho em razoável quantidade) e relato-o aqui pela graça de terem passado apenas umas horas e pela combinação de duas coisas.
Por estranho que pareça consegui atravessar praticamente toda a cidade de Lisboa (dos Olivais ao Conde Redondo) sem passar por uma única ATM, necessidade premente para a missão que me movia. E, só por isso me apeei da mota e fui tentar a sorte num estranho Centro Comercial a poucos metros do meu destino. Entrei e 7 segundos depois saí (o segurança dissipou-me a esperança de satisfazer ali a minha necessidade). Aos 9 segundos esbarro com alguém que diz ”Ruuuui!”. Não queria acreditar em quem os meus olhos viam! Anos e anos sem se cruzarem e assim de repente, pafff, num acaso como tantas coisas boas nesta vida, outro par de olhos, brilhantes e sorridentes: a Lena viajante incansável de muitos comboios, (umas vezes Léna, outras Lêna, conforme a latitude das estações e a sobriedade do interlocutor). Trocamos noticias rápidas enquanto nos alegrávamos pelo encontro e prometemos um novo ligeiramente mais planeado. Monto de alma cheia na celestina e vou ao Multibanco que me indicaram. Tiro o cartão do bolso e… qual é a palavra que se me salta aos olhos no meio de tantas outras?
Não resisti. E tirei uma fotografia. Assim mesmo, com a minha sombra cabeçuda, sem tirar o capacete. E uma alegria imensa que as sombras quase sempre ignoram.

(Na parede da caixa multibanco, numa esquina da rua Duque de Loulé, um sem fim de nomes de terras. Valadares saltava-me aos olhos, vá se lá saber...)



Que somos

sábado, 20 de dezembro de 2008

John Cage - Water Walk

John Cage performing "Water Walk" in January, 1960 on the popular TV show I've Got A Secret.

"At the time, Cage was teaching Experimental Composition at New York City's New School. Eight years beyond 4:33, he was (as our smoking MC informs us) the most controversial figure in the musical world at that time. His first performance on national television was originally scored to include five radios, but a union dispute on the CBS set prevented any of the radios from being plugged in to the wall. Cage gleefully smacks and tosses the radios instead of turning them on and off.While treating Cage as something of a freak, the show also treats him fairly reverentially, cancelling the regular game show format to allow Cage the chance to perform his entire piece. "

Dedicado ao Jó.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Milton Glaser, designer of "I heart NY" #2

Milton Glaser, designer of "I heart NY" #1



"Photo by Eric Johnson, Glaser said of this quote: "It's the most intelligent and appropriate thing I've ever heard about the nature of love, particularly at a time of overwhelming narcissism.""
A fotografia e o texto foram retirados daqui: http://www.flickr.com/photos/76104785@N00/12694074/

Farewell kiss #2





Pois claro.

Stefan Sagmeister: Things I have learned in my life so far

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

iPaper

Em www.scribd.com encontra-se muita "papelada" em PDF.
Fica aqui o link que vos pode ser útil.

O que vem aí? #2





















Este post é uma continuação dos comentários ao post de ontem "O que vem aí?" O meu texto é demasiado grande para caber nos comentários desse post. Leiam lá primeiro e depois se quiserem continuem aqui.

...

OK. Cada um come o que quer. E tal como diz o povo. Nada de emprenhar pelos ouvidos. Cada um que faça o trabalho de casa.
Mas deixamos os media em roda livre?! ... a emprenhar os ouvidos dos outros!?

Quase todos os dias nos põem notícias nas televisões e nos jornais que não são rigorosas e muitas vezes até são mentiras.
Seria tão fácil dar exemplos como este, repentinamente tão actual. Há uns tempos o Expresso publica uma entrevista a João Cravinho sobre a corrupção em Portugal e atribui-lhe uma ideia que ele diz não corresponder ao que afirmou nessa entrevista. É numa outra entrevista mais tarde num programa da RTP2 sobre o mesmo tema que ele faz essa acusação repondo a verdade e encolhendo os ombros em relação à mentira que ficou. Já agora lembro que ele concluía que a “corrupção em Portugal está bem e recomenda-se”... Isto foi há uns tempos. E nós a vê-los agora a passar.

Não podemos contornar o facto de os media terem o papel decisivo na percepção que as pessoas têm do mundo que as rodeia. E é muitas vezes a partir desse retrato do mundo que iniciamos as nossas reflexões e julgamentos. Que será de nós se não formos mais exigentes com os (nossos) media?

Eu aproveito o que ocorreu num programa da televisão pública com o insuspeito D. José Policarpo para dar um exemplo. Trata-se de um programa de elevadíssima audiência numa televisão pública e a "jornalista" repetia uma mentira.

Volto a lembrar que muito me agradaria que os bispos e o próprio Papa fossem contra esta ministra da educação, mas tal facto era mentira e daí o meu espanto pela "jornalista" difundir informação errada. Só a (vamos chamar-lhe)“elegância” de D. José Policarpo o impediu de corrijir a jornalista na primeira vez. E é tal o desconforto quando a ouve a segunda vez que até se justifica antes de a desmentir. Vale a pena rever a 2ª parte do programa no site da RTP para ver a cara de espanto e desconcerto de D. José Policarpo.
Se calhar o tal bispo presidente da Conferência Episcopal também já desmentiu essas notícias e esclareceu que a posição era "pessoal e intransmissível", mas isso ninguém leu, pois não? Nem a "jornalista" do Prós e Contras. Se calhar encolheu os ombros como o Cravinho. Se calhar. Se calhar.


É pena que os programas que debatem as questões relacionadas com a informação nos media, como o "Clube de jornalistas", estejam "escondidos" na RTP2 a uma hora que ninguém consegue ver. Ou que as melhores entrevistas apareçam à hora da novela.

Quanto à mentira sobre a avaliação dos professores que, tristemente, reconheço ter colado, remeto para o artigo do José Gil que coloco neste post. Tal como as palavras de D. José Policarpo mereciam ser escutadas letra a letra, também o texto de José Gil merece ser lido com muita atenção. (jura!!!)

A contestação dos professores é muito interessante, ultrapassa muito a questão da avaliação e muito as questões corporativas. Essas questões também estão lá naturalmente e legitimamente.

E quanto ao modelo de avaliação apetece-me fazer uma pergunta. Assumamos que o ensino secundário privado, (goste-se ou não), leva a sério a formação dos seus alunos. Alguém acredita que nessas escolas optassem por um modelo de avaliação que tornasse a vida do professor na sua escola num inferno?

Mónica, se te apetecer lê o José Gil e depois manda lá porrada :)

Noutro dia vi um filme interessante na televisão que abordava também o poder da mentira nos media e os interesses que essa mentira serve. "Mr. Smith Goes to Washington" de Frank Capra, 1939.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Que os vossos desejos se cumpram...


Minipreço !!!


Devem ter trocado os papéis!!!! O projecto devia estar destinado a um centro de arte moderna qualquer e fizeram um Minipreço! Fezada! Curto ver a boa arquitectura ao serviço do cidadão comum (pois esta expressão soa mal mas tem de ser).
Ainda por cima com vista sobre as Fontaínhas!
Pronto. Fica no roteiro de quem gosta de arquitectura!

O que vem aí?

Ontem no Prós e Contras a "jornalista" introduz na formulação de uma pergunta a D. José Policarpo a seguinte afirmação: "a Conferência Episcopal manifestou o seu apoio à posição dos professores".
Este — percebe-se a seguir — decide ignorar a afirmação e responde à pergunta.
De novo a jornalista lembra que saiu em todos os media que: a ”Conferência Episcopal manifestou o seu apoio à posição dos professores"
Desta vez D. José Policarpo, dizendo que já por duas vezes a "jornalista" tinha dito aquilo então teria de a corrijir. Tal facto não tinha sucedido. Um bispo, por sinal o presidente em exercício da tal Conferência Episcopal", recebeu os professores a título pessoal. A Conferência Episcopal não foi tida nem achada nesse assunto.
Acrescenta mais tarde que o jornalista — no sentido "os jornalistas" acho eu — sabia que tal não tinha acontecido... depois extrapola para referindo-se à necessidade que os media têm de "sublinhar" as notícias.
(se conseguir coloco aqui estractos do vídeo)

Muito me agradaria que a sociedade em peso percebesse definitivamnte a razão dos professores, mas há algo que já fede neste jornalismo abjecto. Lembremo-nos que este programa tem enormes audiências... apesar da novela com o nome tão sugestivo “Podia acabar o mundo” estar a passar aquela hora na concorrência.

Ora o programa era sobre a crise e questionava sobre o que vem aí e como estar preparado. Campos e Cunha dizia que era necessário de novo descobrir e ensinar a filosofia. Ensinar a pensar. É um economista que diz isto aos seus alunos.

Quando a percepção do mundo que os media nos dão é uma espécie de fast food que nos engorda de factos apetitosos que muitas vezes não acontecem e muitas vezes não procuramos compreender verdadeiramente dando-nos a ilusão que estamos informados, a resposta ao que vem aí é fácil, não é?

Os resultados são previsíveis e o "demasiadas vezes intermitente" Mário Soares vem hoje falar na possibilidade de ocorrerem revoltas sociais.

E o que de novo terão estas revoltas sociais?
Têm um novo tipo de pessoas educadas nesta nova “pirâmide” da formação do indivíduo onde no topo estão os valores do facilitismo, do egoismo, da competição, da apatia, do consumismo, da acumulação, da insensibilidade, e finalmente da ignorância.
Estou a imaginar um Maio de 68 mas ao contrário.

E era aqui que os professores entravam... se não estivessem a correr com eles.
Como é que estes patifes não percebem que ao destruir a escola estão a destruir a liberdade? E que nem nos “guetos” onde imaginam envelhecer estarão a salvo.

domingo, 14 de dezembro de 2008

O que ando a ouvir

...entre outras coisas. Como sempre e como todos nós.

Dead Combo - "Quando a alma não é pequena"
Patti Smith - "Twelve"
Tom Waits - "Blue Valentine"
Jean Gabin - "Je Sais"
Carlos Libedinsky - "Narcotango"
Cat Power - "The Peel sessions"
Gil Scott-Heron - "The revolution will not be televised"
Supreme NTM - "best of"
Monsieur Gainsbourg - "revisited"

False Flags

Droga polaca


Há imensa droga na rua, na Polónia. Vi-o com os meus próprios olhos.

Wingsuit Base Jumpers Believe They Can Fly—and They Can


wingsuit base jumping from doubleA on Vimeo.

"This is a farewell kiss, you dog"

http://www.youtube.com/watch?v=duLds-TZMGw
Os comentários são imperdíveis.
Eis um " I have to hand it to Bush, that was some kung fu master reaction time there..."

Stand by Me - around the world

sábado, 13 de dezembro de 2008

Mais um! *****

RePost

Sem pedir ao autor, coloco aqui abaixo um post de Janeiro de 2006Primeira Manhã

Deve ter sido perto de umas férias escolares de Natal. Éramos bem putos. Apanhámos a mania de ir à praia, a pé, às 6 da manhã. Passear. Ter uma aventura. Aproveitar a natureza, quebrar a rotina (que por sinal era ainda bem pouco rotineira...), sei lá fazer o quê.
Acordávamos, telefonávamos uns aos outros ou faziamos sinais de luz pré combinados e saíamos de casa. Ainda noite. Depois íamos ter a casa de um e juntos metíamos pés ao caminho. A 109, larguíssima para o nosso tamanho, estava deserta àquela hora e podíamo-nos deitar no chão e rebolar. Falávamos o tempo todo do caminho. E inventávamos tudo e mais alguma coisa. Chegávamos à praia perto do nascer do sol. Deserta. Carros praticamente não havia. Areia selvagem, mar batido e furioso umas vezes, outras não. Gaivotas frequentemente. E o cheiro... o frio da manhã e da aragem, a luz e a cor do nosso mar de Valadares ou Francelos...
Lembro a primeira manhã que fiz isso com o Sérgio. Eram férias de natal. Quando chegámos à praia, ficámos deslumbrados. Com uma sensação enorme de liberdade. Eessencialmente corremos atrás das gaivotas e gritámos palavrões. Sim, isso, sem censura. Gritámos para o mar e para as ondas, num acesso espontâneo, instântaneo e intensíssimo de liberdade experimentada e gozada.
Tenho a fotografia na cabeça.
Regressámos outra vez a pé. Aparentemente demorámos muito. Parecia tardíssimo. Estranhamente eram 11 da manhã quando entrei em casa.
Primeira manhã...

O Bairro Herculano


Está bem escondidinho. Descobri-o há pouco tempo. 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O que estou a ouvir

www.radarlisboa.fm
/A Hora do Lobo / António Sérgio /em directo de 2ª a 6ª 23h - 01h

Venham daí as vossas listas de programas favoritos...
Vale desde os tempos da escola...
E ajudem-me a lembrar qual era o programa das noites de domingo com patrocínio de um cristal?!?!?

O que ando a ler


quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Getting (b)old

Sobre o resto, dispenso-me a comentar. Mas reparo que este blog vai entrar no seu quarto ano!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Parabéns!
























Porra! Fui à Linha do Norte dar conta que o "pai" deste blog fez anos na quinta-feira, dia 4 de Dezembro.
Aqui ficam os parabéns atrasados.
Deves ter feito 42. Certo?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

À espera

Zurique. 16.30h
Estou a levar uma seca monumental numa escala que me trouxe a este aeroporto. E a este pais, onde cheguei e de onde parti mais vezes do que qualquer outro, na razao inversamente proporcional do que realmente conheci dele. Estes periodos entre voos sao sempre uma tortura em lume brando. A sensacao de estarmos obrigados a ficar numa bolha de vidro, invariavelmente no meio de um pais qualquer, a assistir as deambulacoes de outros passageiros como nos, acossados pelo consumismo de freeshop e por essas listas de destinos que nao param nem nunca mais vao parar enquanto houver humanidade.
As escalas sao uma especie de purgatorio dos viajantes. E dao vontade de preferir o inferno.
Algumas vezes, nestes momentos de estupidez, experimentei esconder um papel num qualquer esconderijo do aeroporto pela graca de o reencontrar, passadas semanas ou meses, no mesmo sitio. Normalmente um pensamento simples (ou nao) que pudesse ter repercussão num outro momento. Um recado do passado a tentar uma provocacao. Gerar outra coisa. - O choque entre um emissor e um receptor que so nao e' exactamente a mesma pessoa devido a accao do tempo e das circunstancias. Melhor ainda porque o segundo nao se lembra do q escreveu o primeiro.
Os aeroportos nao tem muitos recantos que se prestem a este jogo, por isso nao e' facil. Muitas vezes o minusculo papel desaparece. O ultimo, em Turim, era um recado para outra pessoa, que acabou por mudar o voo, e que tentei recuperar cinco meses depois. Esse, tenho a certeza que foi lido. Mas mais nao sei.
Neste aeroprto, onde ja vim muitas vezes, nao me lembro agora onde escondi um pensamento do passado (te-lo-ei feito?). E uma vez mais so me resta especular se ele chegou a gerar alguma coisa ao ser lido por alguem (se foi), se foi banido com o resto dos detritos da passagem de outros viajantes, ou se continua por ai, entalado num minusculo sitio secreto. À espera.
Como eu.

sábado, 29 de novembro de 2008

Le Grand Détournement a.k.a. La Classe Américaine

"Le train de tes injures roule sur le rail de mon indifférence."

"La Classe Américaine" ou "Le Grand Détournement" é um filme de 1993 realizado por Michel Hazanavicius e Dominique Mézerette composto de extratos de velhos filmes da Warner montados e dobrados por forma a criarem um novo filme.

Este filme de culto nunca teve edição comercial e apenas teve duas exibições oficiais (uma em 1993 e outra em 2004) . Alguns trechos, como este, circulam actualmente na internet.

Nas comemorações dos seus 100 anos, a Warner teve a imprudente ideia de autorizar o Canal+ (França) a utilizar extractos do seu catálogo (cerca de 3000 títulos) com vista a realizar um pequeno filme comercial. Ainda assim com algumas pequenas recomendações: não tocar, entre outros, nem no Clint Eastwood nem no Stanley Kubrick. Perante tal possibilidade foi feito este filme, dobrado pelas vozes que em França os actores do filme são conhecidos.

(Há muito mais info sobre este filme na net, como é evidente. Esta foi retirada da wikipedia franc)

Li hoje

"O homem que pagou 1300 euros para se chamar Camelo"

Um empresário de Santa Marta de Portuzelo, em Viana do Castelo, concretizou em Setembro o sonho de se chamar Camelo. Espera agora, ansiosamente, a chegada do seu cartão de cidadão onde já constará o insólito apelido. "Desde 17 de Setembro que já sou um verdadeiro Camelo", disse, à Lusa, com orgulho e humor.Até aqui, o empresário de 65 anos (dono do restaurante O Camelo na sua terra natal) chamava-se apenas António Martins da Rocha, mas a partir de agora, após um processo burocrático que durou mais de oito meses e que lhe custou 1300 euros, já assina António Martins da Rocha Camelo. "Estava na Feira da Gastronomia de Santarém quando fui notificado de que o Ministério da Justiça tinha ratificado o meu novo apelido. Fiquei tão contente que vim logo a Viana do Castelo, pedir a minha certidão de Camelo." "Pedi-a a 5 de Novembro, mas ainda não chegou. Vou lá praticamente todos os dias porque não vejo a hora de ter em mãos o meu verdadeiro 'atestado' de Camelo", acrescenta. Até porque este é um apelido que tem a virtude de transformar um eventual insulto numa "cordial" saudação: "Imagine que vou a conduzir, faço uma manobra perigosa e alguém do lado me grita 'camelo'. Em vez de ficar ofendido, eu limito-me a cumprimentá-lo também." António Martins da Rocha nasceu a 15 de Fevereiro de 1943, mas os pais foram "terminantemente proibidos" por um padre amigo da família de o registar como Camelo, que era o último apelido da mãe, cometendo ele mesmo o mesmo erro ao não dar o apelido de Camelo aos seus dois filhos. "Aí sim, aí é que eu fui um grande camelo", salienta. No entanto já conseguiu "meter" o apelido nos nomes das duas netas. Entretanto, o empresário espera pela prenda mais desejada: um verdadeiro animal de duas bossas que comprou no Senegal, por 3750 euros, e que viajará para Portugal de avião.
n'"O Público"

Lindo.
Faz-me lembrar uma história muito antiga.

Afonso Rema

É sempre bom ver os símbolos e os sinais da nossa adolescência ganharam estatuto. Neste caso, o prof. Afonso Rema, que foi distinguido pelo prémio Mérito de Carreira. Reformou-se. Quantos professores apaixonados haverá ainda como ele?

http://www.min-edu.pt/np3/2859.html

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O que pensam dos downloads ilegais?

Sois utilizadores?

-a) dói-vos a consciência?
- b) apesar disso, têm benefícios?

Têm tempo para ouvir tudo aquilo que abusam anonimamente?

Estas são as dúvidas de quem nasceu no século XX e sobrevive na 1ª década do XXI.

No meu tempo, havia as edições portuguesas e as outras, as que se traziam de fora, ou se pediam a quem ia fora, ou se pagavam a peso de ouro em 1 - 2 discotecas. Hoje, até em Plutão se pode descarregar a versão remix daquele grupo de Irkutsk cujas mães nem sabem que eles tocam.

Não é o mundo que é fabuloso, somos nós.

Focus


Mais uma das bandas que o P. Gandra me deu a conhecer.
Coloco-a aqui porque a minha actual série de culto: "My name is Earl" traz sempre uma músiquinha que adivinha ser do gosto do público alvo. Hoje o Earl dava em maluco na prisão. A música de fundo era esta.

Almost Grown


Alguém se lembra?

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sounds of Silence

Na sequência de um post anterior:

The Sound Of Silence

P. Simon, 1964


Hello darkness, my old friend

I've come to talk with you again

Because a vision softly creeping

Left its seeds while I was sleeping

And the vision that was planted in my brain

Still remains

Within the sound of silence


In restless dreams

I walked alone

Narrow streets of cobblestone '

Neath the halo of a street lamp

I turn my collar to the cold and damp

When my eyes were stabbed by the flash of a neon light

That split the night

And touched the sound of silence


And in the naked light I saw

Ten thousand people maybe more

People talking without speaking

People hearing without listening

People writing songs that voices never shared

No one dared

Disturb the sound of silence"Fools," said I, "you do not know

Silence like a cancer grows

Hear my words that I might teach you

Take my arms that I might reach you"

But my words like silent raindrops fell

And echoed in the wells of silence


And the people bowed and prayed

To the neon god they made

And the sign flashed out its warning

In the words that it was forming


And tenement halls

And whispered in the sound of silence

Batatinhas

O que é um escultor?
No tempo do Rodin ou do Soares dos Reis, a resposta parecia mais fácil. Muito simplesmente porque aquilo que era considerado escultura era claramente balizado (começando pelos próprios materiais e linguagem) e não só o domínio da técnica como o acesso eram restritos. De uma forma geral, as formas de expressão são actualmente bem menos espartilhadas num género específico (são até por vezes “transdisciplinares”) e não parecem ser os materiais, as técnicas ou até os métodos que inibem a pretensão de comunicar. Esta possibilidade de democratização e, de certa forma, por consequência, de aparente possibilidade de ser artista à margem da aprovação da elite, levanta obviamente a questão da triagem. O que é um artista? Quem é artista? Quem é bom artista? Já me tinha colocado questões idênticas relativamente à minha área, mas confesso que sempre tropecei alegremente na quase novidade desta possibilidade de novo século que é a questão da acessibilidade e descansou-me recordar que a fotografia, por exemplo, encontrou o seu caminho durante o século XX e parece estar razoavelmente preparada para lidar com uma nova e gigantesca vaga de acessibilidade e simultaneamente uma alteração de fundo nas suas técnicas.
E então, o que é um escultor? Assim parece simples: aquele que faz esculturas. E o que é uma escultura? Uma obra produzida por um escultor. Porreiro. E o que é a disciplina a que se chama Escultura? É uma das artes plásticas cujo meio de expressão é o volume e a forma. Para um fotógrafo a definição também será pacífica. E vamos por aí fora, surfando na espuma dos dicionários e abrindo a possibilidade universal de se ser artista. Parece-me bem. Muito fresco, novo e conveniente.
Mas então lembro-me de uma coisa que já acontece há séculos: escrever qualquer pessoa escreve, o que torna potencialmente escritor todo o individuo que não seja analfabeto e que consiga transpor uma ideia para a linguagem das letras e das palavras. Ora, isso parece não acontecer exactamente assim. Parece haver uma diferenciação entre a análise das capacidades individuais e do alcance do discurso de quem produz texto e de quem produz esculturas ou fotografias. E esta desproporcionalidade faz-me voltar ao início e repensar as definições e a aferição de qualidade.
À distância, o mundo do Bernini ou do Dante parecia muito mais simples. Mas agora é muito mais divertido e pequeno. Assim de brincar.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Pook is here


In 1958 Burroughs was arrested in New York for writing "Ah Pook is Here" on a subway wall, for which Simon and Garfunkel later sang, "The words of the prophet are written on the subway walls and tenement halls".


"And the people bowed and prayed To the neon god they made And the sign flashed out its warning In the words that it was forming And the sign said "The words of the prophets are written on the subway walls And tenement halls And whispered in the sound of silence."


Ah Pook is Here was a collaboration between author William Burroughs and artist Malcolm Mc Neill. It began in 1970, when Burroughs was living in London and Mc Neill was in his final year of art school. It first appeared under the title The Unspeakable Mr. Hart as a comic strip in the English magazine Cyclops. When Cyclops ceased publication, Burroughs and Mc Neill decided to develop the concept as a book.After a year of research and preliminary design the text of the book had expanded from 11 pages to 50, and a complete mockup had been produced. By this point, the work had been renamed Ah Puch is Here in reference to the Mayan Death God. Straight Arrow Books in San Francisco agreed to publish the proposed work in 1971 as a "Word/Image novel" which was to comprise 120 pages, some of integrated text and image, some of text alone and some which featured only pictures.In 1973, Mc Neill moved to San Francisco from London to finish the project. However, the small advance proffered by the publisher made any more than a few months of working full-time on the project impossible, and when Straight Arrow closed in 1974 the book was without a publisher. Nevertheless, Mc Neill moved to New York in 1975 to rejoin Burroughs and continue the work. They were unable to find another publisher and after seven years on and off, the project was finally abandoned. It was subsequently published in 1979 in text form only under the original title of Ah Pook is Here.Burroughs reads from Ah Pook is Here on his 1990 recording Dead City Radio; this recording, in turn, formed the soundtrack to the animated short Ah Pook is Here directed by Philip Hunt.


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Dia 22 de Novembro

Segundo a Wikipedia:
November 22 is the 326th day of the year (327th in leap years) in the Gregorian calendar. There are 39 days remaining until the end of the year. Uma verdade inconveniente!
XX
1963. Lá se foi o Kennedy
1968. Chegou um album novo
X

sábado, 22 de novembro de 2008

Música

Music, in the best sense, does not require novelty; no, the older it is, and the more we are accustomed to it, the greater its effect.

Johann Wolfgang von Goethe

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Kaki


Só sei dizer duas palavras em japonês. Uma é Obrigado. Que é aquela que qualquer maçador anseia por explicar a um estrangeiro incauto. A outra é o nome de um fruto. – Quem me ensinou foi a Xaninha, e foi a maior consequência que tive dos estudos de japonês dela.
Sempre que passo de comboio pela Madalena (há já muitos anos que não cruzo o apeadeiro sem ser assim), lembro-me dos melhores diospiros do mundo. A mãe do Sílvio guardava-me uns, mesmo muito tempo depois de ter migrado para o sul. Nunca em lado nenhum comi diospiros como aqueles. E sempre que chega esta época do ano volta-me à memória a imagem daqueles pratos pesados e antigos, do som do relógio de parede, da mesa posta para o lanche e da expressão da mãe do Sílvio em pé a perguntar depois de cada um: “Gostou?”
Muito. Arigato.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Em direcção às estrelas


Às vezes vezes vemos filmes pelo género (uma temporada de westerns ou terror, por ex.), por realizador ou por causa de um actor em particular. Há uns anos atirava-me para a Cinemateca cada vez que havia um filme com a Gene Tierney, por nada de especial, porque me fazia sonhar :)
E por causa do trabalho de imagem, pus-me ontem a ver um filme a que nunca tinha dado atenção. O director de fotografia do filme é o Slawomir Idziak que fez o "Décalogo", "A Dupla Vida de Veronique" e o "Blue" do Kieslowski, entre outros. Conheci-o recentemente na Dinamarca e irei reencontrá-lo para a semana na Polónia. Fez o último Harry Potter, que não vi, e com tamanho salto entre sistemas de produção não quis deixar de ver os seus últimos filmes, não vá mais tarde ficar com alguma pergunta que lhe podia ter feito.
O filme, ficção científica, chama-se "Gattaca"(1997). É muito cuidado estéticamente. Brinca com o Frank Lloyd Wright, o design dos 50 e a engenharia espacial. Faz discorrer uma trama soft, de tipo policial, para nos falar da predestinação, da autodeterminação, da identidade e do que nos faz sonhar. As estrelas, de que somos feitos.
Ontem estava com o metaphysic mode em standby, tinha tido um dia arisco e doce, com episódios de montanha russa desde as 7 da manhã e preparava-me para um mergulho de veludo no mundo das formas para me entregar ao sono mortificante. A meio da noite vejo-me a Àgua das Pedras e a ruminar para a frente e para trás.

Distraí-me e agora tenho de o rever.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Noites sem nome

Noites sem nome, do tempo desligadas,
Solidão mais pura do que o fogo e a água,
Silêncio altíssimo e brilhante.

As imagens vivem e vão cantando libertadas
E no secreto murmurar de cada instante
Colhi a absolvição de toda a mágoa.



Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

On sait jamais...

Sim. Estive numa festa animada por estes senhores. Que braveza!!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Qual é a função do apostrofo?

clica pare leres


da Cristina

domingo, 9 de novembro de 2008

Livro cor-de-rosa - PROCURA-SE

Haverá algum excêntrico que tenha guardado estes anos todos o livro de francês do 10º ano (ou 11º)?
Pois.
Eu procuro esse livro. E não o encontro.
Tinha capa rosa, e umas riscas, se não me engano. Foi escrito pelo "Rolhas" (de seu verdadeiro nome: Fernando Artur Santos). Já não o vejo, naturalmente, há mais de 20 anos.
Chamava-se "Chez eux, les français".
Fico eternamente agradecido a quem se der ao trabalho de fazer uma incursão no sotão :)
(se virem uns exemplares do "Ping-Pank", seriam benvindos por aqui).
Obrigado

sábado, 8 de novembro de 2008

Finalmente conheci-a

A Pequena e Triste Sereia. Num estranho dia de sol e chuva. Lindo.
Desde miúdo que queria ver de perto a Lille Havfrue. Sempre a achei linda e singular, mesmo que melancólica, a ver os barcos que passam.
A estátua foi uma encomenda do presidente da fábrica de cerveja Carlsberg e inspirada na versão de ballet de A Pequena Sereia (segundo o original de Hans Christian Andersen), sobre uma sereia que se apaixona por um princípe. A história original é bem mais trágica do que a versão da Ariel (da Disney): em nome do amor, a pequena sereia abdica da própria existência e desaparece nas águas em forma de espuma do mar.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Surpreendi-me!



Será que eu seria assim nos EUA em 1954?

Lontra ou Vison?





Agora as fotos já aumentam se clicares nelas. O que dizes, Lutra lutra ou Mustela sp.?
XXX
Após o teu comment (Paulo G.) investiguei um pouco, e parece-me realmente Visão (Vison). Ver http://carnivora.fc.ul.pt/visao.htm
Aliás, o bicho que aparece na foto deste site é igualzinho ao do Cávado!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

"Eleições EUA: Obama é o preferido entre os europeus, McCain consegue maior apoio em Portugal "

Por vezes trata-se de fazer vender papel buscando a nossa atenção pelo arrepio, pelo espanto, etc. e esta história — "corrigida" (?!) após email de um leitor — começou com um título ainda mais arrepiante "Eleições EUA: portugueses preferem McCain, mas Europa é de Obama".

Li aqui neste blog

domingo, 19 de outubro de 2008

As lontras estão de volta...

... ao Cávado - supostamente um dos rios mais poluídos do país e penso que da Europa.
Fotografei esta criatura fantástica após ela ter-se dirigido a mim com extrema curiosidade...


Segundo o Paulo G., pode tratrar-se de um Visão europeu ou americano, escapado da Galiza, onde há explorações que os transformam em casacos (vide comment)...

Obrigado Paulo.

sábado, 4 de outubro de 2008

Dj Porkka apresenta Jazzismo

Welcome!

Às vezes também tenho este nome.

O Mote será Sun Ra e a busca do espaço.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Orfeão

Sabiam?

Malevolent Creation + Vital Remains + Wykked Witch + Nuklear Goat + TBA
Orfeão de Valadares - Gaia
Porto

(quem são estes gajos??? Nuklear Goat?? Soa a Trash Metal...)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

silencioso

e sem imagem. um post escrito em Maputo. também sem música, porque essa, que aqui me trouxe, tem movimento.
espeto aqui o post como a memória nesta cidade me está cravada.

cidade concentração de gente, de música, de surpresas, e de mistérios silenciosos, presentes, passados e futuros.
ainda não tinha chegado a esta terra e já tinha vontade de cá voltar.

fotografei o grafitti da escola superior de artes e comunicação na sala de teatro que dizia "o conflito é o pai de todas as coisas", mas não o pus aqui.
também gosto assim. de escrever o que dizem os grafittis.

se escrevesse grafittis escreveria: "ao contrário das vozes nas nossas cabeças, os fantasmas não cantam nem tocam. dançam ao ritmo dos nossas orelhas..."

com fascínio.

domingo, 21 de setembro de 2008

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Primeiro conheci quatro. Todos eles magníficos. Depois, um a um, foram partindo. Ontem partiu a última.

Em memória da minha avó resistente.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

"I Met The Walrus"


"In 1969, a 14-year-old Beatle fanatic named Jerry Levitan, armed with a reel-to-reel tape deck, snuck into John Lennon's hotel room in Toronto and convinced John to do an interview about peace. 38 years later, Jerry has produced a film about it. Using the original interview recording as the soundtrack, director Josh Raskin has woven a visual narrative which tenderly romances Lennon's every word in a cascading flood of multipronged animation. Raskin marries the terrifyingly genius pen work of James Braithwaite with masterful digital illustration by Alex Kurina, resulting in a spell-binding vessel for Lennon's boundless wit, and timeless message."

domingo, 31 de agosto de 2008

Yé-Yé

Esta escapou às mãos dos Granja Brothers!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Até sempre Pentelhoca!!!

Verdadeiro Paz de Alma, nunca o vi dar um único sermão a ninguém. Verdadeiro camarada, que nunca recusou ajuda a um amigo. Mas a vida não lhe retribuiu em conforme. Agora também já não há tempo para isso.
Não se sabe a causa, mas também para que é que isso interessa. Só se sabe que morreu sozinho. Hoje morre-se sozinho. E qualquer um pode morrer sozinho. Até o Carlos Alberto.
Até sempre Pentelhoca!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Até quando, Portugal

Sim. Também fiz a imagem deste. Não, não fui a África. Filmei a 50 metros de minha casa.

O site da campanha (pretende recolher "assinaturas"): www.objectivo2015.org/atequando

terça-feira, 22 de julho de 2008

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O Nelson Mandela já não é terrorista… uff !!!

DJ D+ anima as Marias

Dia 25 de Julho, a partir das 22,30, O DJ D+ anima as Marias que vão com as outras, no bar MARIA VAI COM AS OUTRAS, na Rua do Almada 443, Porto (http://maria-vai-com-as-outras.blogspot.com/ ).

Para animar as Marias, haverá para degustação objectos gourmet dos anos 70 e 80.

Luís C., aka DJ D+

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Neil Young, 2008


Desta vez sem chuva o Neil Young voltou a dar um grande concerto…

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Apresento-vos o meu Zoot

em acção...

Machado?!


Foto do Rui Lopes

I'm back

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A chegar a Cadavão

Há uns anos circulava no meu carro a uns 20 à hora numa confusão de trânsito na estrada velha para Espinho, onde é a academia de música do Hugo. A certa altura apercebo-me de um homem a correr ao lado direito do meu carro com um pequeno saco na mão. À medida que o trânsito ía avançando parecia-me que ele tentava apanhar uma camioneta que ía um pouco mais à frente naquela confusão. O homem era quase atropelado porque a camioneta preparava-se para virar à esquerda para Cadavão (antes da Quinta da Formiga) e ele teve de cruzar enviesado o trânsito todo.

Tinha um ar magricela e notava-se que a corrida lhe estava a custar. Quando o apanhei de novo do lado direito da estrada aproximei-me já com a janela aberta mas ele nem reparava em mim. Tive quase de lhe encostar o carro para lhe oferecer boleia sempre em andamento. Ele lá parou e respondeu que tinha que apanhar a tal camioneta.
“Entre” disse-lhe eu. E num estante apanhámos a camioneta seguindo-a até à primeira paragem. Durou uns 3 minutos, talvez.
Explicou-me apressadamente que a filha dele ía naquela camioneta com a ex-mulher e que ela não o deixava vê-la há uma série de tempo (ele disse-me quantos dias mas não me lembro).

Era de certeza alguém que trabalhava na construção civil. Tinha as calças sujas de cimento ou tinta, não me lembro bem. A camisa e os sapatos eram “novos”. Lembro-me de pensar que aqueles sapatos não ajudavam nada à corrida naquela velha estrada de paralelo grosso. O saco de plástico que tinha na mão devia ser a restante roupa do trabalho.
Deixou-me apressadamente saindo pela porta fora para acabar a corrida, agora mais curta. Disse-me que ela morava logo alí e que mal entrasse em casa já não conseguiria ver a filha.

É para comer...

Ontem de manhã, regressados de uma surfada, vi uma pessoa empoleirada num muro das traseiras de uma casa. Essa pessoa parecia tentar entrar sorrateiramente por entre os ramos de uma árvore no jardim.

Fizemos marcha atrás. Quando parámos a pessoa vira-se para nós e tentando desculpar-se com um sorriso amedrontado pergunta devagarinho tentando desesperadamente recolher alguma compreensão: “são vossos amigos?”.

Pareceu-me que a árvore junto ao muro alto onde se equilibrava podia ser de frutos e perguntei-lhe: “É para comer?” Ele não deve ter ouvido à primeira tal era a ansiedade. Perguntei de novo: “É para comer? Ele acena com a cabeça dizendo que sim e mostra mais uma vez devagarinho uma saca onde já teria alguns frutos. Mantinha aquele sorriso amedrontado. Tinha os olhos e o cabelo escuros. Conhecia-lhe a cara de algum lado e o V. também. Era da nossa geração e devia portanto ter uns quarenta.

Aquele olhar amedrontado ficou-me na memória e incomoda-me por isso deixo aqui escrito para ver se divido convosco.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Secret report: biofuel caused food crisis

Para quem não apanhou a notícia antes do destaque do Quaresma.
O jornal The Guardian revela estudo segundo o qual “…the EU and US drive for biofuels has had by far the biggest impact on food supply and prices”

““Without the increase in biofuels, global wheat and maize stocks would not have declined appreciably and price increases due to other factors would have been moderate,” says the report.”

Podem clicar aqui para ler:
http://www.guardian.co.uk/environment/2008/jul/03/biofuels.renewableenergy

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Fósforos

Sim, tenho a ver com este!...

domingo, 15 de junho de 2008

Baleia Azul


Eis um jogo diferente...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Nascemos para viver e não para ser Excelentes!

O fim último da vida não é a excelência!
(João Pereira Coutinho)

'Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades.
Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas.
Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.
Percebo porquê.Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar.
Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito.
É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac.
É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos.
Quanto mais queremos, mais desesperamos.
A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade.
O que não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

regressarei ao mundo brevemente

quarta-feira, 28 de maio de 2008

terça-feira, 27 de maio de 2008

segunda-feira, 5 de maio de 2008

sábado, 26 de abril de 2008

sexta-feira, 18 de abril de 2008

REC

Uns anos depois de termos visto juntos o "Holocausto Canibal", eis um dos seus filhinhos. Moderno, potente e espanhol.

Portugal desempenha um papel importante neste filme. Mas só se percebe lá para o final.

Se andas com problemas cardíacos ou com insónias, não vás ver este filme.

terça-feira, 15 de abril de 2008

John Cage

Alguém consegue imaginar uma coisa destas, sublime, desafiadora e divertida, no horário nobre de uma televisão comercial em 2008?

quinta-feira, 10 de abril de 2008

U2 3D


Fui ver o filme/concerto. Em 3D. Numa bela projecção com som arrasador...
Recomendo aqui vivamente a experiência. (este não dá mesmo para ver mais tarde em casa)

terça-feira, 1 de abril de 2008

Atenção!

Ken Lee??

Este é o tipo de gags que nem os tipos da britcom se lembrariam de inventar. E, ao mesmo tempo, a interpretação dela tem qualquer coisa de enternecedor. Estupendo.

sábado, 29 de março de 2008

Estamos todos

calados que nem ratos.
Nem uma postadazita, um "que ando a ouvir", um "grafite moderno" trazido pelo ruizito, uma carteira de fósforos dos anos 80 encontrada no fundo do baú, uma baforada de fumo de um cigarro partilhado em conversa...
Nada.
Estamos calados.

Hoje entrei na "Escola Preparatória de Valadares". Deve ter outro nome, mas não sei como é. Está cor de rosa e com ar velho. Pensava de mim para mim que escolas como esta - igual à vizinha "Secundária de Valadares" que frequentámos - apareceram como cogumelos por todo o país - eram todas muito parecidas - a partir do 25 de Abril. Era um sinal de "progresso" mas, afinal, pouco ambicioso. Ao fim de 30 anos percebe-se que estes edifícios - "obras públicas" - eram, e são, de muito má qualidade. Desconfortáveis, sem qualquer desafio estético ou visual, com espaços exteriores miseráveis e, para mais, com má utilização. Dizia-se que eram "ofertas" de países ricos (tipo Noruega ou Canadá). Não sei se era verdade. O que sei é que os mesmos projectos arquitectónicos não podiam servir bem para a Amadora, Loulé, Valadares e Mirandela... E foi o que aconteceu.
De alguma maneira, embora gostássemos de estar na escola (pelo menos eu gostava. Repare-se que não escrevi "gostássemos de andar na escola ou das aulas"...) acabamos por ser - ao ser aquilo que somos - um reflexo dessa falta de qualidade: cinzentos, sem arrojo e placidamente governados por políticos sem qualidade.
Obviamente que havia coisas fantásticas nas dimensões de solidariedade e amizade na escola e tivemos professores extraordinários (só por nos aturarem...). E isso foi muito bom. E muitas outras coisas como por exemplo tantos de nós terem oportunidade de estudar porque perto de casa havia uma escola. Mas imagino como teria sido tudo se os edifícios onde fizemos uma parte fundamental da nossa formação não tivessem sido construídos para durarem 30 anos, mas sim 300! Não estou a delirar, nem a sonhar. Há escolas assim em países mais desenvolvidos que Portugal. E mesmo aqui (ainda) há alguns edifícios com mais de 100 anos que não deitaram abaixo para construir de novo e pior. E os países onde as escolas podem ter 300 anos não são necessariamente mais ricos. Têm é um sentido de investimento e de utilização do dinheiro menos espalhafatosa e mais racional. E não têm tanta corrupção.

Teríamos sido, concerteza, diferentes se tivéssemos estudado em escolas / edifícios de outra qualidade.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Erik Satie

Quando era jovem as pessoas costumavam dizer-me "Espera até teres cinquenta anos e verás". Agora tenho cinquenta anos e ainda não vi nada.
Eric Satie, Le Coq, 1920

http://br.youtube.com/watch?v=LPhiwLjBF-0

quinta-feira, 13 de março de 2008

The greatest lesson in life is to know that even fools are right sometimes.
Winston Churchill

Não dá saúde, não

quarta-feira, 12 de março de 2008

台灣最會玩沙的男人 - 莊明達

Existem centenas de videos de "sand art" no youtube, mas este achei digno de estar aqui, por causa dos comentários

domingo, 9 de março de 2008

Assim devagarinho...

Já me estava a ver paranóico, mas eis que o artigo de Daniel Sampaio no Público deste domingo “Farto de Salazar”, me garantiu que não ando a ver coisas a mais.

Esta campanha publicitária de uma colecção sobre “os anos de salazar” que nos apresenta um Salazar Andy Warholiano muito cool que ainda por cima nos olha nos olhos, anda a incomodar-me!

Também me incomoda outra campanha de uma colecção sobre o mesmo período que afirma cinicamente: “Nem bom nem mau. Incontornável”... Ufff.

E para aqueles que, como eu, não acreditam numa ingénua incultura e estupidez de algum director criativo, eis que a campanha da Coca-Cola Light põe uns jovens a libertarem-se “da tralha do passado” enquanto se ouve a canção “E depois do Adeus” do Paulo de Carvalho que serviu de código para o arranque daquela madrugada de 74 ...

Bem. Desculpem lá o desabafo pouco típico deste blog que se dedica ao “Bright Side of Life”. Se calhar criamos outro blog só para estas coisinhas. Assim pequeninas.

sexta-feira, 7 de março de 2008

"Xácara das bruxas dançando"

excerto do filme "Sobre o Lado Esquerdo"

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Benidorm 82

Estas duas fotos andam juntas há anos (pela boa razão, de que pertenciam ao mesmo rolo e às mesmas férias). Só agora, décadas depois, reparo num pormenor: as palhas no cabelo da foto à esquerda fazem lembrar o cabelo do Cebolinha (dos livros de quadradinhos da "Turma da Monica"). Por acaso?

um pouco mais de 17 minutos de Portugal puro

O país de J Sócrates, P Portas, F Menezes e outros políticos desse gabarito está esplendorosamente retratado neste site. Não só no site em si, mas no nome do senhor e no conteúdo do vídeo.
São dezassete minutos de Portugal puro. Este é o país real que a televisão pouco mostra. Aqui, está sem o calor de rachar do Verão, mas com o frio gélido do Inverno de Portugal rural.
Não tem os imigrantes mas sim os habitantes locais que não imigraram (ainda). Não tem a volta a Portugal em bicicleta, nem os cantores pimba das romarias. Não tem vozes. Só os toques dos bombos que nos deixam tolos e azamboados com o estrondo para não pensarmos na vida. Para não pensarmos no J Sócrates e nos outros.
O vídeo deste site é fenomenal. Lado a lado mostra-nos a tradição rural do entrudo - à moda antiga, com os bombos em alegria muda e misteriosa - e o seu ricochete sonoro, remexido e urbano, um tropical aclimatado a Sanfins. A modernidade cultural da realidade de telenovela brasileira, em jeito de modelo social e comportamental, no Portugal deste ano. Fantástico. O modelo brasileiro de carnaval em biquini a pegar de estaca em samba desajeitado e tremeliquento de celulite de batata frita de pacote no frígido Fevereiro de Sanfins. Nota muitíssimo boa: é de noite!!!! O melhor de tudo: isto é um vídeo promocional do trabalho (e provavelmente do gosto) do senhor Alberto Brito!!!!!
Se os protagonistas deste Carnaval fossem ricos andavam, de certeza, com fatos Armani. Como o J Socrates... só que são pobres. Porque são portugueses. Quando já se perdeu o juízo com toda esta força é porque alguma coisa deve não estar bem...
De certeza que são os políticos.
Mas, graças a Deus, o comerciante é honesto e mostra aquilo que tem para vender para que o cliente saiba o que está a comprar....

Espero que se consigam divertir.
Estejam à vontade para fazer um mail deste conteúdo e enviá-lo a toda a gente.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Há homens que já nascem póstumos.

Friedrich Nietzsche

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

All my life, I always wanted to be somebody. Now I see that I should have been more specific.

Jane Wagner

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Trabant

Momentos do fabrico dos famosos carros da ex-RDA. Tempos em que a mão-de-obra era preciosa!

um link sugerido pelo Jorge Queen

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Life is an onion. You peel it off one layer at a time, and sometimes you weep.
Carl Sandburg

INEM - Bombeiros de Mafamude


"Engana-se quem pensa que os covers são exclusivo do mundo das artes. A vida real fornece-nos pretextos de sobra para a parodiarmos. Versões dramáticas, trágico-cómicas, por aí.A arte está em saber fazê-lo, como aconteceu com Ricardo Araújo Pereira, a propósito de mais um episódio da triste saga "Guerra INEM-Bombeiros".Em http://www.youtube.com/watch?v=_k9XB3... encontra a notícia da SIC (Jornal da Noite, 25.01.2008), reproduzindo gravação do telefonema entre os familiares de um acidentado e uma corporação de bombeiros.Telefonema já de si surrealista, mais da parte dos familiares que da senhora que atendia a chamada. Afinal pediam auxílio para alguém que, indicavam os familiares, já se encontrava morto.Este telefonema servirá de base a uma magistral versão por parte de Ricardo Araújo Pereira (Gato Fedorento)."

Texto de Dinis Manuel Alves, na sua página no YouTube.

A História da Civilização by Manara


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

O que ando a ler


Mais concretamente, acabei de o comprar e vou começar a ler.
É a resposta a um livro que já fez correr aqui uma conversa. O autor é professor de teologia histórica com doutoramento em biofísica molecular e neste livro disputa alguns dos pressupostos centrais de Dawkins, como o conflito entre a ciência e a religião, a teoria da evolução do «gene egoísta» e o papel da ciência na explicação do mundo, demonstrando a sua insustentabilidade.
Não quis deixar de dar uma satisfação à Monica, ao Jó, ao Sérgio e ao Vasco sobre esta leitura, contraditório do livro anterior.
"O Deus de Dawkins" de Alister McGrath.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A new study shows that licking the sweat off a frog can cure depression. The down side is, the minute you stop licking, the frog gets depressed again.

Jay Leno

Bullying

O ciclo de vida de um blog

Mais uma fantástica sugestão de leitura do Vitor Az.
(clica no título e acede ao conteúdo mais cool clicando no "click to continue" da primeira página)

"You have a blog. You compose a new post. You click Publish and lean back to admire your work. Imperceptibly and all but instantaneously, your post slips into a vast and recursive network of software agents, where it is crawled, indexed, mined, scraped, republished, and propagated throughout the Web."(...)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Músicas de anúncios

Quantas vezes gostamos de uma música de um anúncio e não sabemos de quem é!
Pois há na Net quem tenha o trabalho de fazer essas listas. Eis uma delas em: http://olifante.blogs.com/covil/2006/03/melopdia.html
Por acaso até está desactualizada e não encontrei aqui a música mais recente da Optimus.
Rui, já que andas no meio.... sabes de quem é?

Umas imagens valem mais que mil palavras

Quantas campanhas de sensibilização e de educação se poupariam se se sentasse as pessoas a ver este video e depois o discutissem?

"Todos temos as nossas máquinas do tempo. Algumas levam-nos para trás - chamamos-lhes memórias. Outras levam-nos para a frente - são os sonhos."
Jeremy Irons

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008