quinta-feira, 31 de maio de 2007

Cine Brazão século XXI

imagem enviada por RL
Bota esta foto! … da-se! Até me faz lembrar a Ocean Drive de Miami com a sua exuberante montra de edifícios art-deco. Até fiquei com saudades. Bons tempos, quando a empresa me punha por esse mundo fora, agora é mais Valadares-Leça! Mas pelo menos Valadares com este monumento já faz frente a esse lugar tão badalado!

RL

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Lino strikes again

Foto enviada por Rui L e postada neste blog em 20 de Julho de 2006 com respectivo texto. (Clica no título para veres texto original)

Jeitoso


Rumsfeld Is Very Talented - The funniest videos are a click away

"Girafa em ar" ou Do lado onírico do Lino

Cá vai mais um contributo para os ilustres valadarenses. Agora do Vasco G.

Vasco Granja diz: Encaminha lá esta para a malta que eu não sei como fazer e depois o Rui ralha-me.

Um dia, não sei porque razão obscura, parei no café STOP, esse icon do convívio Valadarense, e estava lá um grande alvoroço GNR e Bombeiros da Valadares incluídos.
Havia sangue por todo o lado e parecia que tinha havido uma batalha campal. Rapidamente soubemos o que se tinha passado.
O Lino, esse artista mural e amoral, de seu nome Avelino cujas obras de arte naif se poderiam encontrar por todo o Concelho de Gaia nos sítios mais distantes como os Carvalhos e que nos faziam ter uma rara sensação de "isto ainda é território do Lino" ou "já entramos no território do Lino". Esta marcação de território que, segundo rezam as lendas o Lino fazia durante os seus raides nocturnos e pedestres (sim a pé), durante os quais, desvairado, escrevia nas paredes o que o preocupava e que ele pensava ser importante para informar Gaia e o Mundo. Podíamos ter fórmulas matemáticas, ou avisos mas todos assinados com o célebre pictograma de uma passarinho que os entendidos sabiam interpretar como AVE acompanhado da palavra LINO.
Nessa tarde o Lino estava no café STOP, seu pouso habitual, calmamente a tomar alguma bebida e embrenhado nos seus pensamentos. Quem sabe pensando numas das grandes ameaças que ele sabia penderem sobre as nossas cabeças, quando, num acesso de súbita lucidez viu sair da cabeça de um conviva algumas mesas ao lado um espírito. Imagine-se em pleno café STOP um espírito mau saindo da cabeça de um senhor acompanhado da esposa tomando calmamente café. O Lino ou AVELINO não esperou muito tempo, perante tal perigo, puxou duma cadeira daquelas que lá existiam compostas por uma armação de ferro e assento de fórmica e espetou com ela com toda a força que pode na cabeça do portador do espirito. O resto podem imaginar.
Quando chegamos (não me lembro quem iria comigo) já as operações iam no rescaldo, mas a memória do Lino qual exterminador de espíritos permaneceu por muito tempo ligada àquele local e na cabeça da vitima se ainda for viva hoje deve ainda haver a marca do dia em que um espírito mau saiu da sua cabeça, mesmo antes de o Lino ter tentado meter o ferro e fórmica lá dentro.

E já agora, falando de Ilustres personagens existe um ainda vivo de seu nome Sá.

Quando à Pisko queiram saber que está de boa saude e recomenda-se. penso que entretanto se reformou ou, pelo menos abrandou a actividade. mas continua a ir ao cabeleireiro. Pode ser vista a passear pela zona da Praia de Valadares.

Abraços

terça-feira, 29 de maio de 2007

Arte

Interessante


Visitei o site da Junta de Freguesia para ver como era. Por razões óbvias, fiquei muito entusiamado por ver um link para uma página sobre a história de Valadares. Esse entusiasmo, contudo, perdeu-se assim que a abri: trata-se de uma reprodução da célebre Monografia de Valadares! Além disso, o responsável por essa reprodução não teve o cuidado de fazer nem conservar referências bibliográficas... Tirando alguns leitores mais atentos, ninguém sabe qual é a origem do texto... Assim como só eu é que sei que um longo parágrafo ali transcrito foi publicado por mim em 1990! Em frente, e sempre a andar, eh! eh!
No site de Valadares - e isto a propósito da figura - há a possibilidade de se responder à pergunta "Gosta de viver em Valadares?" Se quiserem votar aproveitem agora, pois se os resultados continuarem com a tendência com que estão...

Um primo distante

STORY OF A MELANESIAN DEACON
CLEMENT MARAU

WRITTEN BY HIMSELF

TRANSLATED BY R. H. CODRINGTON, D.D.

LONDON
SOCIETY FOR PROMOTING CHRISTIAN KNOWLEDGENEW YORK
E.S.GORHAM
1906

Valadarenses marcantes

Na sequência de alguns avivamentos da memória relativamente a "personagens e que personagens!" de Valadares, começou-se, às 2 por 3, a falar dos maluquinhos da terra, das suas estórias e da aldeia-palco onde eles actuaram.

Como sempre, trata-se de um pretexto mais ou menos consciente para se evocar o passado. O nosso passado: um tempo que só vagamente existe dentro das nossas cabeças, num espaço alterado pela mão do progresso.

Antes isto que roubar fruta!

Rui L diz:
O Marau passava dias a dar à manivela para tirar água dos poços sabiam? Daí a sua força. Outras frases que me fazem lembrar a sua voz Joe Cocker eram as respostas que dava às perguntas “Onde vais à terça? E à quarta?” e a expressão “Parecem agulhas parecem agulhas” quando se referia a sodomização de que foi alvo!

E tantas vezes, com a minha falecida avó que era tramada para a brincadeira, repeti o “Não bais à missa”! Coitados, já a irmã (sapateiro) era certinha.

A Maria Eléctrica morreu na linha, em Sameiros. Fui poupado a essas imagens a que toda a gente das redondezas foi assistir. Mas chegamos a fazer várias visitas à linha depois, p procurar restos… Doía-me a barriga mas eu não dizia a ninguém, parecia mal… Aqueles putos da “Ilha” eram terríveis!

O Lino é que era outra peça!!

E outros menos mediáticos como o Edmundo (cavada velha) que rebentou a parede à marretada para tirar a moto que o pai tinha fechado na garagem?

Malucos naquela terra não faltavam!!!


JORGE diz:
o Lino,

Fdx, já nem me lembrava dele! Um pequeno Picasso! Naif!

Vi pinturas deles em vários sítios longe daqui. Reconheceria o avião dele (entre outros) em qq lado.

Esse não era como o Marau ou o Cacinho, teve uma vida cheia, tinha tudo!

Más companhias o levaram, dizem.

Chegou a ser dado como morto num acidente na 109, vi-o boé mais tarde de muletas.

Mas já foi há "n" de tempo. Ainda é vivo?

Um personagem a desenvolver num longo conto!

Artur G diz:
Eu conheci o Acacinho, não o Cacinho... de Acácio , peraps... em estrangeiro... Já existe uma pequena história deste bondoso maluquinho na revista Orfeão 2, pelo meu irmão e com foto minha... em frente à velha casa do Ribas...
O Tono era do caraças... atirava pedras quando atiçado... e mordia as mãos... muito religioso...
A Maria Eléctrica... lembro-me dela... mal humorada e de bigode farto...
O Marau... resmungão e porquinho, coitado... aquele saco de pão cheio de bolor... só visto!
O Maluquinho das Quartas-feiras ou das Latas... passava em frente a minha casa e parava frente ao portão... verdadeira fanfarra... fazia quilómetros... uma tia minha viveu alguns anos em Valongo por onde esta figura passava todos os santos Sábados... sempre a calcorrear paralelos... passou-se porque a guerra transformou-o... constava.
O Lino era maluco e bem maluco... violento até... uma vez meteu-se comigo e foi parar ao meio da rua... o Gozé viu-o a fazer desabar uma cadeira nos ombros de um cliente do café Stop onde o Lino trabalhou... quando ainda era puco maluco... ou ainda ninguém tinha dado conta... bem entendido!

Mas o meu tolo de estimação... e chamo-lhe tolo porque ele estava longe da loucura destes supra mencionados... apenas lhe faltava um parafusito... é o Amadeu... era... ... empregado do meu Avô Gandra, acompanhava-o aos doentes e ficava a guardar o carro, às vezes em locais bem desolados... não sabia conduzir mas o meu Avô comprou-lhe um chapéu de motorista e... enquanto esperava no carro, sentava-se ao volante feliz da vida... entre vários, um Lancia fantástico segundo as descrições dos valadarenses mais velhos.
Trabalhou para nós muito tempo e sempre estimado, de confiança absoluta e inabalável (de tanta, parece impossível, nos tempos actuais)... era de facto um menino grande... um mimo... muito pobre passava os Natais connosco, ultimamente (anos 80) em casa do meu tio... os lanches eram compostos de sopas de pão no café com leite bem escuro... eu adorava lanchar com ele e andar pelo quintal a cheteá-lo... eu e o meu cão Zip... ao lanche, na cabeceira da mesa, virado para mim, inusitadamente (ou nem tanto) cerrava os olhos e contava até cinco abrindo os dedos da mão, um a um, enquanto deixava pender a cabeça para o lado... como que adormecendo da vida...

Como tenho saudades dele... ao ponto de fazer-me cair um lágrima... passados 30 anos...

Rui P diz:
O saudosismo é uma tolice e a memória é o que resta de uma orelha roída

Sim, Sérgio, please... (se não se põe já no blog, depois é q nunca mais!) E tb o resto da mailing list do tema "Sumaúma" que falta!
Eu estou sem tempo e a bazar para paragens exóticas.

O Nossa tem razão, seus preguiçosos... o blog é o sitio certo para estas conversas. Mas também compreendo q o Word Verification é um Pain in the Ass ;)

Artur, não queres passar essa foto do Marau aqui para a malta?

Houve um esboço de música dos BKC sobre o Marau. Lembraste, Sérgio?

E a Piscó? Lembram-se dela?(neste caso, deviam estar nesta mailing list os francelenses!!!)

Nossa disse:
Retirei o "word verification"... dá menos trabalho deixar um comentário... a ver vamos...

Ainda: Cine-teatro Brazão e a melhor "boca" de sempre!

Sim, eu sei! Esta imagem é da televisão, o Sinal do Dragão, que me (nos) fazia parar ao sábado (?) durante algum tempo.
Mas porque é que ela me faz pensar no Cine Brazão?
É fácil: no paleolítico da nossa vida, fui com o Miguel M, o Ric Patrãozinho, o RL, o filho do juíz (?) e o Pestana ver um filme de Kung Fu - numa altura em que havia em Valadares CINEMA de QUALIDADE!
A dada altura, o jovem kung fu ista, enfurecido porque os "maus" lhe tinham dado cabo da família, resolve despejar a raiva na floresta, e começa a partir árvores com golpes baixos! Como devem calcular, grande parte do público - excelsos condutores de XF's - fica, nesse instante, completamente agarrado ao big screen, num êxtase extremo, convicto de que aquilo que está ver "até é verdade", pois os mitos em torno dos bruces lees não permitem qualquer dúvida sobre as capacidades sobrenaturais dos monges de chá ó lin.
Nesse momento, de quase climax literário, ouvem-se altas e firmes as palavras do Rui L: "Ó meu, hás-de ir para minha casa partir lenha"! Nós chorámos a rir. Os excelsos devem ter achado esta "boca" a coisa mais desconcertante das suas vidas: "como é possível gozar com o artísta?!"
Yes!

Acacinho, Toninho, Marau, Maria Eléctrica & Homem das Latas

Hoje, num e-mail, o J Queen falou do Cacinho (Acacinho). O Rui trouxe o Marau... Obrigado por me lembrarem destes ilustres valadarenses.

E quem se lembra do irmão do Acacinho, o Toninho, que era o “mau”? (para nós, putos, essa maldade era a justificação para o facto de ele ter morrido primeiro).

Ao Acacinho perguntava-se "Ó 'Cacinho, onde vais?” e ele: “Bou à missa, à missa, bou à missa, missa...” E assim, ruminando estas palavras, lá continuava o seu caminho pela Av. António Coelho Moreira, até à igreja. Sempre a falar... "blá, blá, missa, blá, blá, missa, missa, blá...

Ao irmão, Toninho, os bêbados do Orelha Roída diziam à aferroar: “Tu não bais à missa, tu não bais...” e o Toninho, das profundezas da sua raiva, gritava “pó crlh! pó crlh!”, enquanto mordia as mãos.

Havia ainda a Maria Eléctrica, mas acho que já não é do nosso tempo... Pelo menos não me recordo dessa... Bem, conheço algumas Marias que também dão choque... ;)

Mas fixe, fixe, era O HOMEM DAS LATAS, qual Júlio César ornamentado com ramos de austrália... no capacete! Dizia-se que tinha estado a combater na Índia e que tinha "fundido". Outros diziam que tinha sido isso mais o "binho". Cá para mim foi história de "electrochoque" (eh! eh!).

Sabem, acho que o Ferreirinha, o fotógrafo artesão, tinha fotos desta malta toda! Qualquer dia pergunto à D. C., a mulher dele, que é minha vizinha.

Por fim, o Marau. Américo de seu nome. Conheci-o bem porque uma tia-avó minha dava-lhe de comer muitas vezes. Não se consegue escrever o som da sua voz, mas ainda hoje a consigo ouvir! Lembram-se que andava sempre com um saco de plástico debaixo do braço? Era comida que trazia lá dentro... até ficar "imprópria para consumo".

O Marau ía para o quintal tirar água-choca... Será que tinha BI?

Já pensaram nas marcas que estas personagens deixam na memória colectiva? As pessoas lembram-se geralmente da gente "importante", mas dos "tolinhas" lembram-se sempre!

Experimentem perguntar aos Valadarenses se se lembram do Presidente da Junta de há 15 anos... Alguns devem-se lembrar. Mas perguntem-lhes se se lembram do Acacinho...

PS. Sabem o que é marau? é um finório, astuto, patife (do francês maraud, maroto)... De facto, muito ajustado para o nosso Américo (?!)

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Marau e Jacaré

Quem se lembra do Marau e do Jacaré?

Rádio Nossa FM

Sintonizável na região de Lisboa

American Disasters

Nome de restaurante em Lisboa
2007

Numa parede em Almada
2007


domingo, 27 de maio de 2007

.

Caldas da Rainha. 25 de Março 2007

O que ando a ler

Maradice de livro! Li-o num instantinho (levei-o para ler numa viagem e despachei-o na sala de espera do aeroporto!).

Serpentes e Piercings - Hitomi Kanehara

Lui tem 19 anos, é bela e aborrece-se. Quando está a trabalhar, cumpre habilmente com todos os preceitos tradicionais. No restante tempo deixa-se atrair pelo mundo obscuro de Ama, um jovem punk que conhece num bar, ficando hipnotizada pela sua língua bifurcada.Fascinada pela transformação corporal e determinada em conhecer os seus próprios limites, ela começa por colocar um piercing na própria língua. Mais tarde, pede a Shiba, um amigo de Ama, que lhe desenhe uma tatuagem invulgar nas costas. Mas o que Shiba lhe pede como pagamento leva-a a um brutal e explícito triângulo amoroso. Após um violento encontro nas ruas mais obscuras de Tóquio, Ama desaparece e Lui tem de enfrentar as suas escolhas…

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Sumaúma & Sumapau: um mistério resolvido!

Sumaúma

Sumapau

Antigamente, dizia-se que os que tinham dinheiro sentavam-se na sumaúma; os tesos íam para o sumapau. No Cine-teatro Eduardo Brazão (sim, o Brazão é nome de um Eduardo!), o segundo balcão era do tipo “cú na esponja”; o primeiro era “cú no pau”... Capice?
Também havia outra questão: os do “cú na esponja” portavam-se mais ou menos bem durante o filme; os do “cú no pau” batiam com os pés no chão e faziam um cagaçal do caraças. Às vezes havia porrada, sobretudo na fase Kung Fu...

Quando eu tinha prá i 12 anos ía frequentemente ao Cinema Eduardo Brazão ao Sábado. O meu pai dava-me então uma nota com um Sto. António: 17$50 eram para o bilhete (segundo balcao, fila B, lugar 2 ou 4, sumaúma); os restantes 25 tostões permitiam-me encher os bolsos com uns mega rebuçados de açucar às cores com sabor a frutos. Os vermelhos – supostamente de morango – eram uma merda porque sabiam a remédio. Os amarelos de limão eram bons de caraças.
Apetecia-me um!
Ps. Sumaúma é uma árvore que larga uns pelos brancos como o das ovelhas, que servem para encher almofadas e fazer forros. Por alturas da Primavera, os pastores da sumaúma levam-nas à tosquia. Com uma tesoura grande cortam-lhes o pêlo. A sumaúma fica despida e dá fruto.
Quando depois de vender o pêlo o pastor enriquece e compra outra árvore, esta deixa de ser sumaúma para passar a sumaduas. Quando o negócio vai de vento em poupa, o pastor da sumaúma pode mesmo chegar a ter um rebanho inteiro. Havia um senhor que tinha sumassetenta e seis e todas davam pêlo bom.

Filmes que gostava de rever

"Cherry 2000" de 1987
http://en.wikipedia.org/wiki/Cherry_2000

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Brazão... as conversas são como as cerejas...e as opiniões...

Blogamos aqui a transcrição de conversa em curso entre grupo de frequentadores deste blog.
Este "forum" espontâneo em mailing list ocasional continua a fervilhar e serão neste post actualizadas as suas contribuições.

Algumas contribuições foram editadas no processo de tornar "pública" a conversa "privada".
Leia-se a ordem cronológica.


Sumaúma, sumapau, novoriquismo, betão, pornografia e barbeiros



Rui disse:
Ouvi dizer...
É verdade que o Cine Brasão "renasceu das cinzas"?
abraço
Rui (um emigrante)

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A.
disse: Estive na inauguração... no "corta-fita" de manhã e no espectáculo de Carlos do Carmo à noite.
Está uma belíssima sala. Esculturas de José Rodrigues e pintura do tecto por José Emídio. O arquitecto foi o Joaquim Messena. Tens que ver.
(...)
PS: conheces António Reis? O valadarense cineasta e poeta?

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Rui
disse: O António Reis foi o meu mestre na escola de cinema. É um dos mais importantes cineastas de sempre. Mas para além dele e de mim ainda tens um outro valadarense no cinema (este "adoptado"): o Aurélio Paz dos Reis, que se não me engano tinha uma casa na praia, o primeiro cineasta português (1897). A Cinemateca Portuguesa já fez ciclos de cinema dedicada a estes 3 de Valadares. Dos quais só há um vivo! ;)
Por isso, um dia, se o "programador" do Brazão quiser fazer um brilharete já sabe o que tem a fazer.
A propósito, em Outubro vão-me fazer outra homenagem (na Covilhã) com direito a ciclo com alguns dos filmes. Às tantas para aproveitar a boleia da programação, se alguém quiser.
Jamais esquecerei q vi o meu primeiro porno nessa sala. Em sumapau, claro!
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A.
disse:
Registei.

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RL
disse:
Coliseu da Rampa is alive! Vamos lá quinta pra maneta! ;)

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Rui
disse: Foi lá q vi o meu primeiro. Chamava-se "garganta funda" (é hoje um clássico). Acho q vi com o Sérgio! ---

RL disse: Uma vez tivemos de sair a correr por causa do saudoso Miguel Milheiro que se começou a sentir mal, lembras-te. Eram os filmes com mais silêncio de plateia que já vi até hj!!! Uma vez um de nós, quando eu estava a puxar risota, disse-me: tá calado, deixa-me ganhar tesão!!! Bons tempos!

---

Sérgio disse: Bonito, de facto… mas não dispensa comentários.
Só é pena que tudo o que se faz (e como se faz) tenha de ser motivado por interesses “outros” e não pelas coisas em si! Mas é assim que (lamentavelmente) este país funciona…
A velocidade com que a dada altura as obras no cine brazão avançaram faz-me pensar em duas coisas: primeiro, é certinho que mais cedo ou mais tarde surjam problemas pelo facto das obras terem sido feitas à pressa! “De pressa e bem” é um lema que não se adequa à nossa realidade. Por isso, daqui a uns tempos lá iremos pagar mais uns tubos, as consequências de infiltrações no telhado, uma eventual pintura nova, etc. Aliás, se virem bem, o areado do cimento exterior está uma miséria (está às covas), o que não se adequa à qualidade pretendida para o edifício.
A segunda coisa é esta: há uns anos, aquando das obras nas ruas de Valadares, foram feitos pedidos directos à Junta (e possivelmente à Câmara) para que elas andassem mais depressa: estava em questão a qualidade de vida dos fregueses… Resultado: nenhum! Lembram-se, por exemplo, quanto tempo ficou encerrada a ponte sobre a linha do comboio? É que as eleições e coisas afins ainda estavam longe…
O que pessoalmente sinto é que as pessoas que estão ligadas à res publica não merecem sequer o tempo que eu perdi a escrever este texto…. Mais ainda, esta terra já não me diz absolutamente nada! Da Valadares interessante restaram apenas as minhas memórias… a única coisa em que ninguém pode mexer!
Quanto ao resto, que se lixe! Por mim até podem construir hipermercados junto à Quinta da Formiga…
Vou trabalhar.
PS. Pelo que o A. disse, o interior do Cine-Brazão é digno de ser assaltado, tal é a quantidade de arte… Mas pergunto-me: será que o Mestre José Rodrigues também já conquistou o território a sul do Ave? Será que o mega Relógio de Sol de Vila do Conde – que não funciona e que só o estudo ficou por 100.000 contos – vai ter um primo para estas bandas?
Que sentido faz um investimento tão grande num sítio em vias de se tornar tão asqueroso?
Sabem que mais: o Cine-Brazão é a materialização mais autêntica do espírito novo-rico! Senão, pensem lá um bocadinho….
Agudabá! ---

A.
disse: Não concordo de todo com o que tu dizes, Sérgio. Embora tenhas razão ao chamares a atenção em relação a outras obras.(...)Quanto ao Brazão, não te esqueças que correu riscos de vir a ser mais um condomínio daqueles manhosos, um mamarracho terrível. Felizmente deu no que deu... não podemos atirar a torto e a direito... está sempre tudo mal!(...)Além disso pode concorrer exactamente para a inversão do rumo da terra e torná-la menos asquerosa... (...)
(...)
Abraço

---

RL
disse:

Para aguçar a questão, lanço a aposta que o privilegiado espaço social que foi palco em tempos remotos de um bom convívio, e com nível diga-se de passagem, muito antes dos tempos do kung-fumaça ou da punheta de bolso, esteja convertido, muito em breve e após as recentes obras, num centro comercial de lojas chinesas, tal é a proliferação destas por aquelas bandas. No máximo teremos novamente punheta mas desta vez de olhos em bico!!!! ;)
Oxalá me engane…
PS:Quanto à arquitectura não está mal, está é desenquadrada! ---

Nossa
disse:

Desenquadrada... é isso.

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Rui
disse:

Isto de repente está um fórum. Mt bem! (se não fosse por haver "profissionais" da politica neste parlapié, até sugeria meter esta letra no blog )
E o filho do juiz, q tem a dizer sobre isto? :)
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A.
disse:
É uma questão de a enquadrar... o Orfeão se se mexer pode voltar a fazer parelha com o Cine... não só cultural mas arquitectonicamente falando... afinal estão intimamente ligados desde a nascença.

Por falar em frequência... ainda tenho um cartão de camarote "vitalício ou o caneco" do meu avô G. Adorava poder recuar no tempo até aos anos 20 e 30...

ABRAÇO

PS: VOU TRABALHAR QUE FOI PARA ISSO QUE VIM AO ESCRITÓRIO, MEUS MALANDROS.

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JML disse:

Embora more mesmo ao lado, em Vilar do Paraíso, agora é raro passar por Valadares ou ter notícias "da terra". Mas, da última vez que ouvi algo sobre assunto, fiquei a saber que o ex-Cine Brazão estava prestes a reabrir, agora como "centro cultural". O edifício que conhecias foi demolido. O edifício novo parece simpático.
Não sei se já viste esta notícia . Acho muita ambição para o centro de uma vila que há muito parou no tempo, mas... stranger things have happened. Espero, claro, que a coisa resulte.
Cheers,

jml (um provável futuro emigrante, também via Lisboa)

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Sérgio
disse:

Acham-no desenquadrado?!

Desenquadrado em relação a quê?!
Eu acho que até está bem enquadrado em função do desenquadramento de tudo... Provavelmente o interesse do arquitecto foi manter o estilo mosaico cá da terra... ;)

Como diz o Rui Lopes, sou um bocado céptico quanto ao futuro do investimento... oxalá me engane!

E digo mais uma coisa: Tive a sorte de ter usufruído muito daquele cinema enquanto tal. Desde puto. O meu avô Rodrigues chegou a ter dois lugares cativos durante décadas (nºs 2 e 4, fila B, segundo balcão – sumaúma).
Bastava telefonar ao Sr. Figueiredo e avisar que ía...

Esse mesmo avô e outros valadareses deram dinheiro do bolso deles para evitar a falência do cinema, penso que nos anos 60. Durante algum tempo o cinema foi propriedade dessa espécie de sociedade (onde estava o Marta da Cruz e outros ricos de então).

Apesar desta ligação afectiva àquele espaço, não estou absolutamente nada preocupado com o que lhe possa vir a acontecer. E não estou porque assim é mais fácil lidar com o seu pontencial fracasso futuro.

Neste momento não tenho confiança nenhuma em iniciativas deste tipo. Muito menos quando se trata de iniciativas conjunturais que "trazem água no bico" (são iniciativas que se confundem com a avidez do poder). É claro que, portanto, também não tenho confiança nas pessoas que estão ligadas a estes projectos porque ninguém se liga com convicção...

Algum de vocês acredita que tenha havido um só político a pensar "vamos reconstruir o cine-teatro Brazão pelo significado que ele tem para os Valadarenses e sobretudo para se proporcionar cultura ao povinho"? Eu não só não acredito como tenho a certeza que os valores que presidiram a esta magnífica iniciativa foram o "temos que deixar obra"... mesmo que não sirva para nada... É como as praças, os passeios, as rotundas.... É como a Casa de Vidro (ou lá como se chama) no Castelo do Queijo. Fica obra mas não fica mais nada! Ou melhor: fica a conta para nós pagarmos!

A ver vamos...

---

Rui
disse:
Agora estou mais ansioso que nunca por ver "a obra".

A brincar, a brincar, nos últimos 20 anos devo ter passado pela Amadeu Santos aí umas 4 ou 5 vezes. E a última muiiiito antes desses chineses, de qualquer vestigio de obra, etc. Na verdade mantenho a memória de uma imagem com duas décadas. Estou pois a tripar com esta conversa!

A propósito do cinema, gostaria de lembrar aqui um personagem muito curioso: o barbeiro (mais cabeleireiro) da esquina da estação. Não me lembro do nome dele. Tinha um cabelão estilo "Tommy" ou "Hair" e gramava decorar o seu salão com cenas feitas por ele, estilo o preçario pintado de dourado e preto com os bordos do papel queimados irregularmente.
Alguém se lembra?
Pois ele queria ir para Hollywood. E tinha até um argumento para um filme (escrito em letra gótica nesse papel almaço queimado) que tinha esperança um dia ver adaptado para o big screen.
Claro que não era na rua Amadeu Santos que ele se iria safar. E um dia deu à sola e pasou o salão a um barbeiro menos hippie.
Passaram-se muitos anos. E um dia estava eu com o Malkovich a filmar em Espinho e aparece-me uma figura conhecida. Uma visão quase sebastianesca: o inconfundível barbeiro (ninguém se lembra do nome?), igualzinho a si próprio, de camisa roxa por baixo de um colete preto de veludo, o mesmo cabelo em forma de mangerico afro, mais uns anos em cima e, debaixo do braço, o tal argumento que me habituei a ver circular pela rua da estação enquanto puto e adolescente. Quis o destino que ele viesse ter comigo directamente. Ele tinha ouvido falar que a vedeta de hollywood andava por ali e queria, já se sabe, falar-lhe dum projecto que ele tinha. É claro que se tivesse apanhado outro levava sopa e nunca chegaria nem a 100 metros do Malkovich. Não o levei ao colo mas encaminhei-o da melhor maneira para "tentar a sua sorte" e não quis ficar por perto. Um qualquer pudor com as memórias do passado impediam-me de observar o desenrolar desse encontro (e menos ainda de participar nele). Não soube o que aconteceu. Nunca mais o vi. E nunca mais pensei no assunto até hoje.
Hoje estou com curiosidade, não só de saber o que aconteceu (muito provávelmente nada de excitante), mas sobretudo de ler esse filme que nunca se fez e ao lado do qual cresci, sem o conhecer. RL disse: Proponho um desafio. Vamos tomar conta daquilo. Somos os “Bicos” do nosso tempo, ou não somos?!?!?
Atitude!!!!
E depois vendemos por um bom preço (ps:esta parte é tanga, mas a primeira é verdade)

---

Nossa
disse: Acho que o La Feria já anda de olho naquilo.

---

RL
disse:
Mas isso é bom! Alguém tem o mail dele?

--- JML disse: O único barbeiro-cabeleireiro que me lembro desse estaminé da esquina é o Costa. Que, nos anos 70 e 80, tinha um cabelão como esse que descreves, embora nunca me tenha parecido tipo com ares de uma fascinante vida dupla de candidato a argumentista em Hollywood. Mas uma das características desse tipo de vida dupla é que ela só se vislumbra em lampejos, por isso, sei lá eu. Se o país até teve um cantor-compositor genial com profissão diurna de barbeiro, daí até um Costa argumentista, a debater-se com o Paul Schrader, vai um nadinha. (E foi o Costa que, há 20 e tal anos, me ofereceu uma pilha de exemplares da Música & Som que estavam na coffee-table do seu estabelecimento; fiquei com a colecção quase completa. Só por isso, que deus [ou outra coisa qualquer] te abençoe, ó Costa.)

Entendo os sentimentos do Sérgio em relação a isto tudo, mas acho que está a ver as coisas demasiado a preto-e-branco. A Amadeu Santos é um reflexo perfeito do estado de toda a vila, com bocados de "modernidade" (boa ou má ou assim-assim) a brotar quase aleatoriamente de um centro velho, parado no tempo, com tanto de "nobreza" decadente como de pobreza e provincianismo. Não sei se um centro cultural com as ambições que o Brazão Parte 2 parece ter conseguirá sobreviver naquela vila e neste concelho. Não sei, de todo, se a energia que consiga eventualmente irradiar será suficiente para, pelo menos, ressuscitar aquele bocado apodrecido de Valadares. Mas se tiver uma programação cultural decente; contínua; capaz de alternar propostas mais populares com coisas para públicos mais circunscritos; com uma política de comunicação e visibilidade inteligente; e se conseguir chamar com regularidade público de fora de Valadares (e de Gaia), quem sabe... ---

RL disse: Programa para o Brazão em link anexo. (cuidado com o som)! http://www.axefeather.com/index_pop.aspx?referred=&country=pt

---

Rui
disse:
Isto está imparável!!!...
Artur, só faltas tu...
blogamos esta conversa ou cortas-te?

---

RL
disse:
Blogue-se! Assino pelo “Bico” mais velho!

---

Rui disse:
É má onda fazer isso sem ele concordar!
O A. pode mt bem achar q não quer um comentario privado feito por ele blogado na net. Desculpem a minha caretice neste capitulo, mas acho fundamental este tipo de "postura de cavalheiros".
Por falar nisso... alguém sabe se o Brazão vai passar um ciclo Tracy Lords?? ---

Nossa
disse:
um dia destes vou querer saber o que raio é "sumaúma, sumapau"

---

Rui
disse:
:))
Vou manter o suspense um bocadinho mais a ver se alguém se chega à frente...
Vais curtir largo

Quem responde?

Jó, Ricardo, onde andam?

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disse:
Agora é o filho do juíz que diz.

Que já escrevi este post que não sei / não consigo por no blogl. que mandei a minha opinião para todos, mas deve ter ido parar ao car alho, porque não foi enviado. Nabice informática, que nem é costume. Como o computador não era o meu, deve mesmo ter ido para o car alho. Agora não consigo entrar no blog. Hei-de voltar a tentar.

O filho do juiz diz que está menos longe do Sérgio do que dos outros. O cineteatro brazão não me interessa. Entristece-me.
Irrita-me esta mania portuguesa de deitar abaixo o velho para construír o novo. Fazer, só por fazer. Sem que do novo venha algo obrigatoriamente melhor, ou pior ou igual. E isto repete-se em tudo sem exemplo, vezes sem conta.
As palavras restauro, reabilitação e respeito não fazem parte do vocabulário actual e parecem estar fora de moda.

O edifício tinha fantasmas e memórias que foram para o entulho. Fantasmas de domingos à tarde pela mão do avô, ou com a mão na coxa dela... Sextas à noite com os amigos e caraté. Esses fantasmas foram todos corridos a camartelo e no seu lugar ficou uma conta que vamos pagar com as mãos que tiramos dos bolsos vazios e com o voto das próximas eleições. Os edifícios e as pessoas têm fantasmas que são a memória e a identidade. Mas precisam de existir para as terem. Se não, esquecemos o passado, e como estamos a tornar-nos passado, também somos esquecidos.

Entristece-me o lugar de algumas festas da escola já não existir. Estar lá um branco.

Penso às vezes no fantástico coliseu do porto - que só pode ser comparado enquanto equipamento cultural - a que um dia centenas de pessoas anónimas deram o seu pulso para que não deixasse de ser um lugar simbólico da emoção pública. Gosto dessa história porque não envolveu "obra feita". Apenas envolveu quem gostava dele e foi capaz de ir lá e juntar o seu apoio à sua sobrevivência como espaço de todos. Gosto dele assim, como está, como foi feito há mais de 50 anos, com gosto e raça. E interessa-me que continue a existir assim mesmo.
Tenhon pena que o Brazão seja, agora, nem sequer a memória dos fantasmas da nossa adolescência.

Não tenho opinião sobre o edifício e não me apetece ir lá.

Jó, o filho do juíz, que diz.

P.S. - a versão original desta reflexão, que foi para o galheiro, o limbo, o cara lho ou o raiqueparta, estava muito melhor.
P.S.S. - a paula também não sabia o que é sumaúma e sumapau.... ele há cada um...

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Rui
disse:
Nomes Comuns da Sumaúma:

África Francesa: Le Formager, Le Faux-Cotonnier, Le KapokierBolivia: ToborachioBrasil: Sumaúma, Sumaúma da várzea, Sumaumeira-de-macaco, Samaúma (Amazonas).Colombia: Ceiba, Ceiba de lana, Ceiba de garsón, Ceiba, Ceiba de bruja, Cibonga, Cartagenera, Palosanto, Lana bongo, Yague, Fromager, Majumba, CeiboCommercial Spanish: Ceiba, CeiboCuba, Peru: Ceibo, Ceyba French Guiana: Fromager, Maho coton, Kapokier, Bois coton Great-Britain: Corkwood, Kapok-tree, Silk-cotton-treeGuiana: Kumaka, Silk cotton Haiti (Guadalupe): MapouJava: Kapok Mexico: Ceibo, Ceyba, Pochote, Ochota Nicaragua: CeibonOeste Africano: Silk-cotton-treePanama: Longo, Cotton-treeSuriname: KankantriVenezuela: Ceiba yuca

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A.
disse:
Desculpem-me o atraso mas o trabalho não me pemitiu voltar a opinar mais cedo... mas não se esqueçam que toda esta torrente de lamentações, recordações, desacordos e acordos começou com uma reacção minha a um comentário do Rui P.
Longe de mim tamanha polémica... eu, um polémico repetente... eu, um socialista democrático convicto, republicano sincero... eu, um não católico-quase-católico... eu, um autarca nos antípodas de Menezes... eu, um pseudo-político arrepiado com os pseudo-políticos desta geração... e SOBRETUDO eu, um defensor do STOP imediato do homem no planeta... EU, UM DEFENSOR DO RETROCESSO SUSTENTADO... não consigo conceber tamanho azedume vertido nas Vossas apreciações depreciativas à reconstrução do Cine-Brazão.
Chega a transparecer do vosso estimado chorrilho de vómitos uma espécie de indisposição pessoal com a dita obra, vinda das entranhas do Vosso ser, mas também vinda sabe-se lá de onde. Nem vocemecês saberão, porventura...
Saibam que, na minha opinião, nenhuma obra acima da mediania é conseguida sem uma legítima ponta de orgulho e vaidade dos mentores e executantes (na medida adequada, é claro) - apontem-me quem não seja minimamente susceptível a estas sensações da pele - talvez consigam encontrar exemplos de depeito por essas sensações, mas essa, na esmagadora maioria, é uma carapaça de quem não as consegue dominar dentro do seu próprio limite, de quem de tanta vaidade não se mostra sinceramente agradecido aos outros que a ele se mostram agradecidos. E por fim, é muitas vezes um reflexo da não participação.
O Cine Brazão está dentro de outras paredes, é certo. Belíssimas, por sinal. Cabe à comunidade reconquistar o espaço e fazer justiça à história. E nós somos o futuro da história... é o constante devir de Heráclito de Éfeso... nunca nos banhámos duas vezes na mesma água de um rio... e também um pouco de Hegel.
A obra, para ser criticada deve ser visitada. A cultura merece o benefício da dúvida... e não é justo enterrá-la à "renascença".
Quanto à arquitectura... que todo o desenquadramento fosse como aquele... teríamos um país belissimamente desenquadrado...
Abraços

PS: não tenho nada a opor ao blogamento dos meus comentários... sempre assumi as minhas opiniões, como vocês sabem, mas agradeço o cuidado sensato (já habitual) do Rui P.. Estou extasiado a ouvir Morricone... ele agora já pode vir a Valadares.

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Sérgio disse:
Não te trates…
;)

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Rui disse:
No blog, como verás, omiti, prudente, comentários que não sei se preferias manter privadados. Logo me dirás se se substituem aquelas reticencias pelo texto ou não. - Na verdade fazem um bocado de falta, porque vão directos ao assunto e condimentam o discurso, mas editei a coisa assimaté teu consentimento.

Quanto a aparecer por Valadares... Claro que volta e meia tenho saudades. Claro que mantenho uma imagem duma terra que já não existe. Claro que me assusto de cada vez que por aí passo, mesmo que de raspão. Claro que os filhos da terra são os mais críticos e os mais apaixonados.Claro que os filhos que partem (pródigos ou não) sentem um não-pertencer e uma estranha atracção pela origem. Claro que o provincianismo me irrita e que o lutar contra a mediocridade, o olvido e a grunhice mais primária me estimulam. Claro que sei cada vez melhor que os amigos para a vida são poucos e se descobriram cedo. Claro que há longe e claro que há distância. Claro que os laços que nos unem são também feitos das nossas divergências, que é uma merda que leva décadas a entender. Claro que não há nada pior que estar quietinho e não fazer pevide, não pensar pevide e não dizer porra nenhuma, porque os pensamentos, as acções e as ideias são sementes de alguma coisa.
Claro que acho do car.lh. darmo-nos ao trabalho de falarmos uns com os outros. Não imaginas como isso me deixa feliz. Eu bazei há muito tempo, mas para onde quer que vá continuo a ter de explicar onde é Valadares quando perguntam de onde sou (e nunca fiz trocadilhos com a famosa indústria da terra, única razão pela qual as pessoas às vezes a conhecem!). Hei-de ver com os meus próprios olhos essa fénix tão polémica. Como sabes, a memória do edificio original é-me cara, por isso não acho mal que não seja hoje uma oficina de carros alemães ou a sucursal de um banco espanhol. O resto, é claro, passar-me-á seguramente ao largo. Muito ao largo.

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Rui disse: "O fruto da Sumaúma é uma cápsula obovoide ou elipsoidal, 5 a 7 cm de diâmetro, 8 a 16 cm de comprimento, contendo 120 a 175 sementes, cada uma envolta por algodão branco ou acizentado, acetinado, fibroso, leve e elástico. " ---


Nossa diz: Aqui estão pedacinhos do Brazão.
http://luisnossa.planetaclix.pt/fotografia/sitios_4.htm


JORGE diz: Esse tal Barbeiro, não era o Costa Azeiteiro?


Rui L diz: Elton, Manuel ou Manolo. Quem parava no Orfeão não esquece a sua forma peculiar de jogar bilhar e o jeito que dava ao taco depois de atacar a “branca”. O homem era (e oxalá ainda seja) um artista.

Sérgio diz: Manel!

Quando dava aulas em Espinho encontrava-o muitas vezes. Um dia cumpriu o prometido: levou-me o estudo do filme em fotos coladas nas tais cartolinas... Era qualquer coisa um bocado conceptual, muito 60’s...

Até há poucos anos usava bocas de sino, camisas cintadas e golas enormes... estará outra vez na moda...

O Manel por detrás dos seus óculos redondinhos tinha qualquer coisa de Lenon com carapinha.


Artur diz: Não. O barbeiro era, de facto, o Elton, ou o Manolo, ou o Manel.
Sócio do Orfeão, educação extrema, figura extraordinária de facto, alvo das atenções de muitos companheiros da mesa de bilhar, de quem ouvia os mais bárbaros comentários jocosos e as consequentes gargalhadas em rebanho, terjeitos de despeito de quem, enganado com o real, se julgava mais que ele, mas que de mais nada tinha a mais...


Abraços

PS: Ó Nossa, conhecendo-te como te conheço..., terá sido intencional os teus últimos comentários aparecerem em cima do do Jó ou do Rui, omitindo o meu, apesar de cronologicamente o meu ser anterior aos teus?


Sérgio diz: Ó Artur, quem é que afinal está em cima de quem?


Rui L diz: Desculpa Artur, mas como ajudaste à obra o teu comentário é também desenquadrado!! Belíssimo, mas desenquadrado. Pseudo ou não pseudo, és suspeito! ;)

“O Cine Brazão está dentro de outras paredes, é certo. Belíssimas, por sinal. Cabe à comunidade reconquistar o espaço e fazer justiça à história. E nós somos o futuro da história... é o constante devir de Heráclito de Éfeso... nunca nos banhámos duas vezes na mesma água de um rio... e também um pouco de Hegel.A obra, para ser criticada deve ser visitada. A cultura merece o benefício da dúvida... e não é justo enterrá-la à "renascença".Quanto à arquitectura... que todo o desenquadramento fosse como aquele... teríamos um país belissimamente desenquadrado...”


Rui P diz: Na sequência da evocação de 2 personagens emblemáticos de Valadares (ambos barbeiros)...

Quem se lembra do Marau?


JORGE diz: Então não?

Fugia dele a 7 pés!

E do Cacinho, aquele que na Igreja dizia AMEN antes de todos e muito antes da oração terminar, alguém se lembra?


Sérgio diz: e foi assim que do sumaúma, sumapau, novoriquismo e outras coisas se passou para o tema dos "Ilústres Valadarenses"... postados um pouco mais acima.

Lendas de Valadares

O cavaleiro em busca de cabeças
"Dizem que há cerca de 20 anos havia um cavaleiro que, no seu cavalo branco, andava lá por perto do Sanatório, na praia. cortava a cabeça a quem o visse.
Um dia uma rapariga que andava grávida, estando na paragem das camionetas, avistou-o ao longe. Quando chegou, sem demora, foi contar à sua mãe; esta descansou-a dizendo-lhe que um dia o fado deste cavaleiro haveria de acabar quando o seu cavalo relinchasse de aflição e suas patas ficassem marcadas no chão. E assim aconteceu!
Uma noite a rapariga ouviu o cavalo lançado em correria pelo pinhal, aproximou-se da janela e viu-o a saltar o muro.
No dia seguinte foi ao rio e lá viu junto às ervas, as marcas das patas do cavalo. Assim acabou o seu fado. Dizem que a rapariga teve um rapaz que foi inteligente e bonito."

encontrado, entre muitas outras coisas sobre Valadares, em http://pwp.netcabo.pt/risquinhas/projecto/projecto.htm



Joshua Bell



Numa experiência inédita, Joshua Bell, um dos mais famosos violinistas do Mundo, tocou incógnito durante 45 minutos, numa estação de metro de Washington, de manhã, em hora de ponta, despertando pouca ou nenhuma atenção. A provocatória iniciativa foi da responsabilidade do jornal "Washington Post", que pretendeu lançar um debate sobre arte, beleza e contextos. Ninguém reparou também que o violinista tocava com um Stradivarius de 1713 - que vale 3,5 milhões de dólares.Três dias antes, Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam 100 dólares, mas na estação de metro foi ostensivamente ignorado pela maioria. A excepção foram as crianças, que, inevitavelmente, e perante a oposição do pai ou da mãe, queriam parar para escutar Bell, algo que, diz o jornal, indicará que todos nascemos com poesia e esta é depois, lentamente, sufocada dentro de todos nós."Foi estranho ser ignorado"Bell, que é uma espécie de 'sex symbol' da clássica, vestido de jeans, t-shirt e boné de basebol, interpretou "Chaconne", de Bach, que é, na sua opinião, "uma das maiores peças musicais de sempre, mas também um dos grandes sucessos da história". Executou ainda "Ave Maria", de Schubert, e "Estrellita", de Manuel Ponce - mas a indiferença foi quase total. Esse facto, aparentemente, não impressionou os utentes do metro."Foi uma sensação muito estranha ver que as pessoas me ignoravam", disse Bell, habituado ao aplauso. "Num concerto, fico irritado se alguém tosse ou se um telemóvel toca. Mas no metro as minhas expectativas diminuíram. Fiquei agradecido pelo mínimo reconhecimento, mesmo um simples olhar", acrescentou. O sucedido motiva o debate foi este um caso de "pérolas a porcos"? É a beleza um facto objectivo que se pode medir ou tão-só uma opinião? Mark Leitahuse, director da Galeria Nacional de Arte, não sesurpreende: "A arte tem de estar em contexto". E dá um exemplo: "Se tirarmos uma pintura famosa de um museu e a colocarmos num restaurante, ninguém a notará".Para outros, como o escritor John Lane, a experiência indica a "perda da capacidade de se apreciar a beleza". O escritor disse ao "Washington Post" que isto não significa que "as pessoas não tenham a capacidade de compreender a beleza, mas sim que ela deixou de ser relevante

O artigo original do Washington Post pode ser lido nos "Comments" (clicar abaixo).

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Sumaúma ou sumápau?

Ouvi dizer que o Cine Brazão renasceu das cinzas!
É verdade?

Proporcionalidade

Lisboa. 25 de Abril 2007


terça-feira, 22 de maio de 2007

Encontros Cósmicos



Lisboa. 21 de Maio.
Próximo da Rotunda do Marquês, ao lado do edificio da Liberty Seguros, algo de incomum chamou a minha atenção: o sol, escondido por trás do prédio iluminava um arco iris "desbotado" em perfeito semi circulo. Estranhei. E ao caminhar em direcção à rotunda verifiquei que se tratava de um anel completo à volta do sol. Nunca tinha visto tal coisa! A olho nu e sem ser nenhuma aberração de lentes ou coisa que o valha!... Como insisti algum tempo de nariz apontado ao céu, não tardou que se juntasse um razoável grupo de pessoas à minha volta que viam a mesma coisa. Ok, não era (só) eu que estava com visões! É claro que tirei umas quantas fotos e o efeito que se vê nelas não é provocado pela camara ou pela objectiva. Fotos tiradas e após comentários com outras pessoas, pus-me a caminho do meu destino (também incomum, convenhamos): o topo de um dos edificios da rotunda. E ao chegar ao telhado, por ironia, o que é que encontro? O objecto que podem ver na foto!
Ele há coisas da zirga!!!!

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Take me to your leader!

Caldas da Rainha, 25 Março 2007

sábado, 19 de maio de 2007

Como num acidente...


Pois! Algo de excepcional aconteceu-me hoje de manhã, de forma praticamente imprevisível: Estive a jogar futebol com um grupo de advogados colegas da Cristina, no campo do Esposende! Campo relvado e tudo. Balizas com rede e tudo. Árbitro e tudo. E também havia daquelas t-shirts que servem para dar a mesma cor a uma das equipas - daquelas que se vêem na televisão quando os jogadores estão a treinar... Tudo muito profissional.

A Cristina tinha-me dito que era um jogo de brincadeira entre colegas. Porém, quando cheguei ao campo e me fui equipar nos balneários (sim, nos balneários do estádio!!!) deparei-me com um grupo de gajos porreiros que punham ligaduras nos pés, punham caneleiras, tinham chuteiras, camisolas, calções e meias de futebol.... Era claramente uma brincadeira entre colegas advogados, não há dúvida! Eu tinha uma t-shirt da feira, uns calções de praia, umas meias do continente e umas sapatilhas dos chineses! O único comentário que ouvi foi o seguinte: "jogar de sapatilhas no relvado cansa mais". "Ok!", pensei eu, "cansa mais se eu andar a correr feito tolinho..."

Bem, mas a aventura começa agora: iniciei o meu aquecimento para evitar lesões, correndo à volta do campo. Logo aí percebi o que queria dizer o comentário do outro rapaz: é que as sapatilhas escorregam muito na relva e a sensação que se tem é que se está a jogar futebol no gelo com solas de plástico! Depois tive uma outra sensação estranha: é que nunca mais chegava ao outro lado do campo! Aquilo é grande para caraças. Por isso, logo após o aquecimento já estava pronto para tomar um banhinho e ir comer uma sande de presunto no bar da praia!

Mas o pior ainda estava para vir. O árbitro, um senhor lá do futebol, perguntou se eram os 45 minutos. O pessoal (but me!) respondeu em unissono que SIM! E o pánico instalou-se....

Mas pronto! Ainda toquei na bola umas três ou quatro vezes. Depois quando já não podia mais refugiei-me na baliza. Claro que nesse preciso instante "mamei" logo um golaço... depois foram mais dois ou três. No entanto, acreditem, ainda defendi uns tiros... mas geralmente, nesse processo, tropessava em mim próprio, escorregava por causa das sapatilhas e acabava por defender sem saber exactamente como.

Agora que é noite e escrevo isto no escritório da Cristina - ela está a dormir há horas - sinto-me como se tivesse tido um acidente. Mais especificamente, como se um TIR tivesse chocado de frente contra mim... estou paralisado da cinta para baixo. Cada perna pesa 50 Kg. E os pulsos (não por causa das defesas mas por ter estado sempre a cair) estão completamente empenados... Mas parece que amanhã ainda vai ser pior. Nos pés só tenho um milhão de bolhas... Quem me manda a mim, sapateiro, tocar rabecão?!

PS. Perdemos 4-2!

quinta-feira, 17 de maio de 2007

mais uma dedicatória....

Para ti, incógnito...

No comments!

Vodafone EM GRANDE !!!!!

Mail para a VODAFONE a pedir cancelamento do contrato.

1.
Cancelamento de contrato- telefone 91...............

Exmos. Senhores,

Por falecimento da V. cliente X. X. X. de X. Teles, no passado dia 28 de Novembro, queiram por favor proceder ao cancelamento do respectivo contrato, a partir do corrente mês de Dezembro inclusive.


A mesma informação será enviada por correio, conforme carta anexa.

Sem outro assunto,

X. Teles

2.
RESPOSTA DA VODAFONE

Muito boa tarde, como está?
Para podermos efectuar a desactivação definitiva é necessário que nos envie uma cópia da certidão de óbito do titular. Deverá confirmar o nº de contribuinte ou nº de conta Vodafone.

Boas festas. Viva o momento, Now!

Paula Santos

3.
NOVO MAIL DO CLIENTE

Re: Cancelamento de contrato- telefone 9........

Boa tarde. Estou bem, muito obrigada. A minha mãe faleceu, por isso estou óptima e vivo o momento, now!

Agradecia que me indicasse a morada para onde deve ser enviada a certidão de óbito.

Boas festas também para si.

Outra dedicatória...

Espero que dê jeito para alguma coisa!

Muito bom, mesmo!

O link para este Hal 9000 (que não o do 2001!) que o Rui postou merece mesmo ser visitado!

O pormenor vai até à ordem dos cms!!! Magnífico.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Valeu!

João Pessoa, Brasil. 11 de Maio 2007

Dedicada a TXS

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Tati


Para quem não viu, ou não reparou, nesta excelente fotografia no Expresso deste fim-de-semana, num artigo sobre as glórias de Cannes.

domingo, 13 de maio de 2007

Ícones nacionais






Conselhos aos Portugueses e Portuguesas - Portugal dos Pequenitos - 3


















E, sobretudo, que toda a nudez tenha cobertura!

Conselhos aos Portugueses e Portuguesas - Portugal dos Pequenitos - 2















Salazar era, naturalmente, um leão!

Conselhos aos Portugueses e Portuguesas - Portugal dos Pequenitos - 1















Todos nós que andamos nesta vida há alguns anos o sabemos!

domingo, 6 de maio de 2007

Citações

Uma diferente por dia.
Vai estar ali na coluna do lado direito antes da nossa jukebox ("finetune").
A publicação destas citações é automática (podem seguir o link) e ninguém aqui no blog faz ideia da que vem a seguir.
Pode ter graça. (Pode também não ter).

A famosa bateria dos BKC

Quem tem fotos mais elucidativas sobre a singularidade deste instrumento que tem até uma história curiosa?

Nem tudo está perdido



Agora é que ninguém vai acreditar, mas isto é Valadares. E para que saibam, a Madalena ainda tem melhor...

Onde estão os Wallies?


sábado, 5 de maio de 2007

Motorizadas Nacionais




Neste site encontram-se as mais inesperadas curiosidades sobre motorizadas nacionais. Lá estão muitas das nossas velhas conhecidas. E outras.