Sem pedir ao autor, coloco aqui abaixo um post de Janeiro de 2006Primeira Manhã
Deve ter sido perto de umas férias escolares de Natal. Éramos bem putos. Apanhámos a mania de ir à praia, a pé, às 6 da manhã. Passear. Ter uma aventura. Aproveitar a natureza, quebrar a rotina (que por sinal era ainda bem pouco rotineira...), sei lá fazer o quê.
Acordávamos, telefonávamos uns aos outros ou faziamos sinais de luz pré combinados e saíamos de casa. Ainda noite. Depois íamos ter a casa de um e juntos metíamos pés ao caminho. A 109, larguíssima para o nosso tamanho, estava deserta àquela hora e podíamo-nos deitar no chão e rebolar. Falávamos o tempo todo do caminho. E inventávamos tudo e mais alguma coisa. Chegávamos à praia perto do nascer do sol. Deserta. Carros praticamente não havia. Areia selvagem, mar batido e furioso umas vezes, outras não. Gaivotas frequentemente. E o cheiro... o frio da manhã e da aragem, a luz e a cor do nosso mar de Valadares ou Francelos...
Lembro a primeira manhã que fiz isso com o Sérgio. Eram férias de natal. Quando chegámos à praia, ficámos deslumbrados. Com uma sensação enorme de liberdade. Eessencialmente corremos atrás das gaivotas e gritámos palavrões. Sim, isso, sem censura. Gritámos para o mar e para as ondas, num acesso espontâneo, instântaneo e intensíssimo de liberdade experimentada e gozada.
Tenho a fotografia na cabeça.
Regressámos outra vez a pé. Aparentemente demorámos muito. Parecia tardíssimo. Estranhamente eram 11 da manhã quando entrei em casa.
Primeira manhã...
Deve ter sido perto de umas férias escolares de Natal. Éramos bem putos. Apanhámos a mania de ir à praia, a pé, às 6 da manhã. Passear. Ter uma aventura. Aproveitar a natureza, quebrar a rotina (que por sinal era ainda bem pouco rotineira...), sei lá fazer o quê.
Acordávamos, telefonávamos uns aos outros ou faziamos sinais de luz pré combinados e saíamos de casa. Ainda noite. Depois íamos ter a casa de um e juntos metíamos pés ao caminho. A 109, larguíssima para o nosso tamanho, estava deserta àquela hora e podíamo-nos deitar no chão e rebolar. Falávamos o tempo todo do caminho. E inventávamos tudo e mais alguma coisa. Chegávamos à praia perto do nascer do sol. Deserta. Carros praticamente não havia. Areia selvagem, mar batido e furioso umas vezes, outras não. Gaivotas frequentemente. E o cheiro... o frio da manhã e da aragem, a luz e a cor do nosso mar de Valadares ou Francelos...
Lembro a primeira manhã que fiz isso com o Sérgio. Eram férias de natal. Quando chegámos à praia, ficámos deslumbrados. Com uma sensação enorme de liberdade. Eessencialmente corremos atrás das gaivotas e gritámos palavrões. Sim, isso, sem censura. Gritámos para o mar e para as ondas, num acesso espontâneo, instântaneo e intensíssimo de liberdade experimentada e gozada.
Tenho a fotografia na cabeça.
Regressámos outra vez a pé. Aparentemente demorámos muito. Parecia tardíssimo. Estranhamente eram 11 da manhã quando entrei em casa.
Primeira manhã...
3 comentários:
Sim, eram manhãs gloriosas.
Muito putos. Muito livres. Tenho um grande carinho por essa memória.
Recordo-me também do disparate que era, mais tarde fazer isso contigo na tua bicicleta preta atrelado à minha mota a descer a 109 a tentar ultrapassar a barreira do som. Muito putos. Muito confiantes. Muita joie de vivre.
eu fazia isso, mas era no Verão (éramos menos corajosas) e também não me lembro de dizermos palavrões. mas de resto era muito parecido: a Susana P vinha dormir lá a casa, acordávamos ainda noite, passávamos pela casa da Ani e da X e íamos tomar banho em T-shirt com o sol a nascer. exercícios de uma liberdade que ainda nos era um bem escasso nessa época.
Que feliz fiquei de reler e re-ter as sensações...
Simpático.
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