Ao fim de alguns "comments" não resisto!... As motorizadas de há duas décadas, para as quais olhamos agora com alguma estranheza (até porque estão em vias de extinção, pelo menos no seu estilo nacional) fazem parte do nosso imaginário colectivo e histórias pessoais.
Tenho tido imensa vontade de recolher um ou outro exemplar dessa época, recuperá-los e passear com eles, certamente como quem passeia um Ford Mustang 66 ou um Citroen DS descapotável. Mas mais do que a falta de tempo (o custo esse ainda é irrisório) é a falta de espaço que mo impede.
Agora fiquei com vontade de deixar aqui um inventário dessas máquinas infernais e mal-cheirosas (algumas das quais um dia nós fomos felizes e orgulhosos proprietários). Enquanto não consigo recuperar o meu baú pessoal de fotos onde muitas delas figuram (lembram-se das motas do Quim Maluco, dos irmãos Granja, a k181 azul do Nossa, as motas dos primos Duque, do Quim Mané, a Boss da Su, a Mobillette da Sofia Leão, a Florette do Sérgio, a BMW do Vitor C.G.... e tantas, tantas outras?...) deixo por aqui um exemplar desse modelo mítico do alcatrão. As desafiadoras da EN109 (e outras estradas do país) onde alguns daqueles a que chamavamos ROQUITOS se "picavam" em corridas nocturnas kamikazes, deitados nelas a meter as mudanças com a mão para tirar o máximo partido dos desesperados 120kms à hora.
esta foto foi palmada a um blog que ei-de referir aqui
terça-feira, 9 de maio de 2006
Vrrrruuuuuum!...
Posted by Rui at terça-feira, maio 09, 2006
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7 comentários:
e a tua? baixota, de pneus grossos (vista de hoje lembra-me um triciclo)
:) Sim. A primeira. RV50. Azul.
A segunda, uma Casal de 6. Nervosa. Já enfrentava as XF17 na 109.
-Ó Rui posso dar uma volta na tua mota?
- Podes...
- Ó Rui, a mota não pega...
- Não pega?! A Casal de 6 não pega?!!!... Anda daí. Já vais ver o que é a minha mota.
A mota entretanto pega.
- Monta. Vais ver o que é uma mota a sério.
- Ok!
Andámos uns 200 metros. Atrás da cerâmica, na curva da fábrica do Fabela, a mota seguiu em frente, o Rui virou à direita, e eu fiquei confortavelmente deitado em cima dele (situação até um pouco comprometedora, diga-se!). Felizmente, o único ferimento foi uma profunda perfuração nas calças do Rui. Mais nada. Lembraste?
Lembro-me muito bem. Humilhante. E divertido.
Estava todo orgulhoso da minha mota nova, que dava ratada às XF. O excesso de confiança e a curva em cotovelo (paralelos de granito + nhanha da cerâmica)puseram-me no sitio por uns dias.
A vez seguinte tive de contar com o Nossa para voltar a lamber o chão. :)
O estranho é que continuavamos a emprestar a mota uns aos outros.
Era dar um tiro à aula, escolher companhia e partir. Cortegaça, Furadouro ou apenas a praia. Quase se podia escolher pela cor. A vermelha do Carlos, a verde do Nuno, a Laranja do Zé (antes de ser do Rui), a amarela do Vítor CG, a minha Azul Bultaco depois baptizada de azul piscina.
... A azul piscina que mais tarde ficou para mim - após transformação estrutural misteriosa! - mas em branco casa-de-banho. Andava de caraças, sobretudo depois de ter levado peças novas no motor, após alguém ter ido à minha garagem "limpar" as peças usadas!
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