quinta-feira, 18 de maio de 2006

Emoções Fortes na Rua Direita

Já tinhamos na altura idade para ter juízo. Pelo menos tinhamos idade para ter a carta de condução, o que já era útil pelo menos para nos divertirmos neste local, que alguns reconhecerão.
Vá-se lá saber como, esta rua tinha na época dois sentidos e era de empedrado (que se costuma designar por "paralelo"). Nalguns troços era atravessada por "àgua de sabão" e como tal era bastante dada a emoções fortes. Mas não havia nada como o inicio da rua (o pedaço na fotografia) para quase morrer de taquicárdia!
Costumávamos aguardar um pouco mais acima com o carro em altas rotações, esperar que abrisse o sinal verde e finalmente pisar o acelarador para um legítimo voo de décimos de segundo que terminava com uma violenta aterragem, normalmente com as quatro rodas no chão. Com alguma sorte nunca chegamos a entrar pela casa dentro.
A morfologia desta rampa era perfeita porque, quem conhece a rua verifica fácilmente, no momento do cruzamento com a outra rua (cruzamento aliás perigoso) a acentuada inclinação cessava por 4 metros o que fazia rebaixar num golpe a suspensão da viatura que "reagia" no sentido inverso no preciso momento em que a rua era de novo inclinada.
Fica pois aqui a memória de uma actividade "Jackass" colectiva que hoje me faz arrepiar.

A Rua Direita em Gaia começa por trás do hospital e acaba no rio. O ponto de partida era à frente da farmácia, na rua que vai dar ao" Bel Ami". Todas as ruas eram de paralelo e de sentido único. Os tripulantes deste shuttle eram normalmente três. Estão todos vivos.

1 comentário:

Sérgio R disse...

Inconciêntes, inconciêntes...