quarta-feira, 3 de maio de 2006

Nas ruínas...

Sérgio Emanuel Super Star
Tirada pelo Rui aquando do nosso encontro em Vilar de Mouros, em Agosto de 1985.
Eu e o Jó andavamos na "Volta ao Minho". O Rui e o Nossa foram ter connosco (já postei uma foto, também do Rui, sobre isto: eu, o jó e o Nossa sentados num muro). Chovia como o caraças. Foi naquele dia em que fizemos o arroz com água do rio Coura (também já falei nisto algures).
Nota de roda-pé: Nesta altura o Nossa não falava comigo! Estavamos chateados... Quando ele queria dizer-me alguma coisa, ou referir-se a algo que me dizia respeito, falava a olhar para outras pessoas. Estas, claro, não percebiam nada (era do género "Ó meu, tás a falar comigo?!").

E agora, um pouco de humor sem malícia:

O Rui não sabia exactamente como era a minha tenda (era nova... mas pesava uns bons 10 Kg!). Tinha-lhe feito apenas uma pequena descrição pelo telefone. Por isso, quando o Rui e o Nossa chegaram ao parque de campismo de Vilar de Mouros e viram uma canadiana alta e azul disseram "está ali a tenda do Sérgio!". E mais: "aqueles sapatos à entrada só podem ser os do Jó!".

Com o seu estílo de sistemático pregador de partidas, o Rui avança para a tal canadiana azul, abre lentamente o fecho, mete discretamente a mão e agarra com toda a força um pé: "não largo! não largo!". E a seguir grita para o Nossa: "agarrei o pé do Jó!".

Não Rui! Não agarraste o pé do Jó! Agarraste o pé de uma rapariga que por acaso tinha ao lado um marido simpático que até achou piada à brincadeira. A minha tenda, que por acaso também era azul (as canadianas azuis eram raras!!!) estava mais acima, debaixo de uma macieira.
E os sapatos, está visto que não eram do Jó!
Quando finalmente nos reunimos, ficámos um bom bocado dentro da tenda a comer do chocolate que eu e o Jó tinhamos comprado em Tuí, comemos do chocolate que o Rui e o Nossa tinham e depois rimo-nos muito... eh! eh!
O tal arroz peganhento foi só à hora do almoço... mas ainda há algumas histórias engraçadas à volta da confecção deste arroz... talvez as conte depois.

4 comentários:

Rui disse...

Outro detalhe desse encontro em Vilar de Mouros: eu e o Nossa fomos na mota dele. O Nossa tinha a Casal 125cc vermelha há pouco tempo mas isso não impediu que fosse a viagem toda à pendura porque foi essa a condição sine qua non para fazermos a viagem juntos (como se já não bastasse a cena de não falar com o Sérgio!). Para ele, sei bem, foi uma dura prova de amizade, fortalecida pelo facto de eu ter tido os meus únicos acidentes (chamemos-lhes sustos) à pendura na minha própria mota à pendura com o Nossa a conduzir. Isto antes de o Nossa, resignado, passar a usar óculos a tempo inteiro.
No último desses "sustos", 2 segundos antes de evitarmos o choque frontal com um carro e de batermos num outro, do qual tivemos de fugir a alta velocidade, o Nossa disse: "Não te preocupes!" (Ele estava a pensar num incidente anterior com contornos parecidos).
Nessa altura o Nossa já tinha óculos. Mas só os colocava, de mota a grande velocidade, antes duma curva!! :)
Uma prova de amizade, e não só, essa viagem com o Nossa a Vilar de Mouros que o arroz-argamassa e a dança da chuva ajudaram a confirmar!

...Tudo isto bem depois da célebre caminhada a pé de Francelos a Cortegaça com os capacetes debaixo do braço. História que gostava que contasse o próprio Nossa! ;)

Sérgio R disse...

Ó Rui, faz um post deste texto!

Rui disse...

Posso fazê-lo :) Dava-me jeito uma foto da mota do Nossa para a coisa ficar realmente catita! ;)
(Será que tens,m?)

De qualquer forma penso que o nosso Blog funciona de forma curiosa... com os comments a serem posts nas algibeiras do blog.
É interessante a forma que as coisas ganham às vezes neste movimento de um leit motiv originar o aparecimento de outras memórias ou uma participação mais em "roda livre" (estilo abcedário).
Muito fixe encontrarmo-nos aqui :)

agudábá

Sérgio R disse...

agudabá!