terça-feira, 4 de julho de 2006

Porto

A propósito da Avenida dos Aliados, o Zé Pedro S. (de Gaia... talvez ajude a identificar) enviou este link. É um blog repleto de belas fotografias e informações interessantes, sobretudo para os amantes profundos da cidade invicta.

A Cidade Surpreendente
Um blogue de imagens e algumas palavras sobre o Porto, permeado de incursões ligeiras a territórios exteriores.
http://cidadesurpreendente.blogspot.com/
http://cidadesurpreendente.blogspot.com/2006/06/aliados-memria-presente_21.html

4 comentários:

Anónimo disse...

gostaria de saber outras opiniões mas...

eu já tinha uma má impressão do trabalho o siza v. e o souto m. em determinadas intervenções urbanas (com excepção da rotunda da boavista), mas o contraste entre entre o antes e depois no blogue indicado vem confirmar as minhas piores impressões...

há outros exemplos de desumanização;
_cordoaria/cadeia da relação
_praça dos poveiros
(neste caso embora não seja obra dos mencionados é flagrante o contraste com o jardim de são lázaro mesmo ao lado)
_marginal de leça
_praça em frente à camara da maia
_urbanização da boavista...o muro virado para o metro se fosse revestido a madeira pareceria o "forte apache"...assim perec a "zona verde de bagdad"

pergunto;
_será que esse arquitectos não viagam?

_será que as impressões sobre urbanismo que trazem quando viajam vem tão distorcidas como as que alguns emigrantes vindos frança para fazerem as suas casas

_até quando é que a cidade vai fazer vénias a esses dois mitos da arq portuguesa não questionando o obvio?


aguardo comentários

Mónica (em Campanhã) disse...

por acaso já tinha visto este post da Cidade Surpreendente (excelente blog fotográfico sobre o Porto que sigo regularmente) mas desta vez discordei do seu autor. sou uma excomungada que não detesta o betão nem se revolta com os novos cenários do Porto.

aliás, com o povo que temos, odeio cada vez mais os jardins cheios de poios de cão e divertem-me os novos espaços como a Cordoaria e o pátio da cadeia da relação.

vá, podem crucificar-me!

Nossa disse...

Também não detesto o betão. Até acho o material bem bonito quando é utilizado na arquitectura como vemos no Mercado do Bom Sucesso.

Acho que o Nuno utilizou a palavra certa. Desumanização.

As pessoas devem sentir-se confortáveis nos espaços que lhes são destinados.

Gosto da Cordoaria porque as pessoas (sempres elas) podem sair da recato do jardim (agora mais arejado) e aglomerar-se à volta descobrindo todos aqueles grandes edifícios (agora mais destapados). Podem correr, saltar, montar feiras etc. (o Nuno bem podia falar mais disto dados os milhões de Kms que faz de carro atravessando vilas e aldeias cá dentro e, principalmente, lá fora).

Não gosto dos Poveiros porque está morto. Até custa a atravessar.

Não gosto dos Aliados porque costumava sentar-me na beira dos jardins a observar o que lá se passava. Subia-se bem os Aliados por dentro do jardim. Agora parece uma peregrinação à Câmara do Porto.

Anónimo disse...

deixemos a teoria e vamos aos aspectos praticos

testes de conforto:

_atravessar num dia de calor intenso ao meio dia ou num dia de chuva frio e vento os seguintes sitios:
1:terreiro em frente á cadeia da relação
2_praça dos poveiros
3_praça em frente á camara da maia
4_praça d. joao 1

_experimentar sentar o rabo num dia de muito calor ou de muito frio, num desses bancos de granito corrido tão ao gosto dos nossos herois da arquitectura

_tentar esperar por um meio de transporte na gare de autocarros da avenida de frança/casa da musica (sem um unico banco....) ..num dia de chuva frio e vento (obra de souto m)

quanto à porcaria dos cães... não me parece ser motivo para não haver jardins...mas sim motivo para se educar os donos dos caes ..."não partilhe com todos aquilo que é so dos eu cão""...na rua do meu escritório como não há jardins os passeios estão pejados de porcaria de cães...como faço tiro os passeios ou educo os donos?