domingo, 16 de julho de 2006

documento

(as coisas que a gente foi guardando... como se soubesse que um dia os blogs seriam inventados)


alguma testemunha ocular presente para nos relembrar como tudo se passou?

9 comentários:

Anónimo disse...

eu assiti...

e lembro-me de ter dito ao ze dux assim que cheguei perto do c dux...o teu "primo morreu"...precipitações morbidas...mas tendo em conta o quadro que vi estou de alguma forma justificado..

hoje tou ocupadissimo...mas depois conto ao pormenor

H em Stª Apolónia disse...

nuno, aguardo que contes ... estou curiosa.

Parece uma história da linha do norte na memória dos BKC... que intercepção!!!

Anónimo disse...

ai vai

se estiver errado corrigam-me, pois só a partir do "acontecimento" tenho a memória mais viva... pois estavamos no apeadeiro numa daquela tardes iguais a muitas outras em que o tempo se eternizava e nós inventando as mais diversas "actividades" para "acelarar" o "ritmo" dos acontecimentos

quem estava na altura não me lembro..só me recordo do ze dux pelos motivos acima descritos...mas lembro-me de ser um dia de afluencia normal num local onde todos paravamos regularmente.

parece que houve uma pega entre o carlos e o "ze lisboeta" (outro cromo cuja passagem por francelos dava um bom filme) envolvendo uma bicla que estaria algures acima da linha e que deveria ser entregue na parte de baixo da linha...o carlos vai buscar a bicla e aproveita a boleia de uma casal boss pondo a mão no ombro de motociclista...e deste modo faz a rua que vem dar ao apeadeiro a uma velocidade elevada para uma bicla...

bem estamos no apeadeiro...começa a tocar o sinal de aproximação do comboio...e ao fim de algum tempo aparece o carlos de bicla agarrado à mota..

entram já com o comboio (vinha de valadares) a apitar por debaixo da ponte..e perante o nosso olhar incredulo a mota abranda mas o carlos larga-a e continua na direcção da linha do comboio entrando pela passagem para peões, que nesse sitio tem um ligeiro alto..o carlos nem trava entra "de gaz" pela tal passagem de peões no momento em que as primeiras carruagens lhe apareceram pela frente...o

comboio era um transvia e parava em francelos mas mesmo assim as primeiras carruagens passam ainda com alguma velocidade naquele ponto...

bem o carlos faz com a bicla um ligeiro salto e com um barulho que na altura me pareceu ensurdecedor dá um "chapo" de caras no comboio em movimento e desaparece...digo desaparece pois estavamos no banco mais a sul e desse ponto a cerca não permitia ver nada abaixo de um metro...

um barulho ensurdecedor e aterrador continuou a ser oubvido, mistura do travar do comboio com uma bicla a ser desfeita

tava tudo incredulo com aquilo que se passava ali e de começamos a correr em direcção ao local do "chapo" ...

quando chego lá está o carlos caido na berma da linha , nesse momento 100% imovel e já uns 2 metros mais à frente da entrada numa posição meia desconjuntada com muito sange na cara e até nos ouvidos...ao ver este "quadro" viro-me para o ze dux que se aproximava e tenho a tal precipitação morbida informando-o que o primo dele tinha falecido..

bem os bombeiros vem rápido e começamos a ver que afinal estava vivo...entra na ambulancia...e pouco depois da chegada ao hospital de gaia para onde fomos de mota...informam-nos que está tudo bem, apenas escoriações e dentes partidos.

nos dias seguintes as pessoas ficavam surpreendidas (muito) ao ligarem para casa do carlos para saberem do estado do ferido grave e era o carlos que atendia...

devem haver em todo o mundo poucos pessoas que tenham passado por um situção identica com tão poucas mazelas

Sérgio R disse...

É incrivel. Eu testemunho essa surpresa que também tive ao ir visitar um amigo que tinha sido atropelado por um comboio, e que no dia seguinte ao acidente já estava com o resto do "pessoal" no apeadeiro, com apenas duas pequenas costuras simétricas, quase que feitas à régua, na cana do nariz.

Há pouca gente no mundo a ter atropelado comboios!!!

Anónimo disse...

capitulo dois _motas contra comboios

JOÃO LOUCO

estavamos no apeadeiro numa dessas tardes e passa o "joão louco"..conhecido comerciante de derivados de canhamo, dirigindo-se ao "brioso" um mecanico que embora fosse meio underground em francelos, era dos poucos que sabia (e bem) trabalhar em motas a 4tempos de grande cilindrada (por exemplo durante muitos anos tratava da Laverda do Nunão de gaia).. bem o dito joão louco ia buscar a sua Norton 500 acabadinha de comprar à qual tinha mandado fazer um revisão.

numa época em que poucas motas havia acima de 125cc, tendo estas estatudo de "motas grandes"....uma Norton 500 era um "bicho" do caraças, muito raro e como tal a aquisição do joão louco suscitava muito interesse e era um acontecimento

bem ele passa..duas de treta sobre a "màquina" e vai ele buscá-la ao brioso a umas (poucas) centenas de metros do apaeadeiro...

ouvimos a "maquina" a ser posta a trabalhar e a rugir rua acima na direcção do apeadeiro

entra o joão louco montado na norton 500 sem capacete reduzindo num barulho "à grande mota" e dirige-se à linha para atravessar em direcção à praia, no momento em que o sinal de aproximação de comboio já tocava...

ele aproxima-se e decide passar antes do comboio...o que teria sido possivel se se tivesse lembrado de abrir a torneira da gasolina quando saiu do "brioso"...ora a gazolina acaba mesmo em cima da linha, a mota sacoleja e cai de lado com o piloto...ele levanta-se...o comboio aproxima-se ele ainda tenta levantar a mota pede ajuda...mas não hà nada a fazer...foje rapidamente e assiste à destruição da mota pelo comboio...

ainda teve de pagar à CP 8 contos de prejuizo no comboio

Rui disse...

Belas histórias, ambas! :)

Anónimo disse...

tenho que me entusiasmar menos a escrever e prestar mais atenção ao portugues

Anónimo disse...

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Rui disse...

Um comboio na tromba a ti era capaz de não te fazer mal, anonymous. Não queres aparecer pelo apeadeiro para uma plástica facial?