quarta-feira, 30 de maio de 2007

"Girafa em ar" ou Do lado onírico do Lino

Cá vai mais um contributo para os ilustres valadarenses. Agora do Vasco G.

Vasco Granja diz: Encaminha lá esta para a malta que eu não sei como fazer e depois o Rui ralha-me.

Um dia, não sei porque razão obscura, parei no café STOP, esse icon do convívio Valadarense, e estava lá um grande alvoroço GNR e Bombeiros da Valadares incluídos.
Havia sangue por todo o lado e parecia que tinha havido uma batalha campal. Rapidamente soubemos o que se tinha passado.
O Lino, esse artista mural e amoral, de seu nome Avelino cujas obras de arte naif se poderiam encontrar por todo o Concelho de Gaia nos sítios mais distantes como os Carvalhos e que nos faziam ter uma rara sensação de "isto ainda é território do Lino" ou "já entramos no território do Lino". Esta marcação de território que, segundo rezam as lendas o Lino fazia durante os seus raides nocturnos e pedestres (sim a pé), durante os quais, desvairado, escrevia nas paredes o que o preocupava e que ele pensava ser importante para informar Gaia e o Mundo. Podíamos ter fórmulas matemáticas, ou avisos mas todos assinados com o célebre pictograma de uma passarinho que os entendidos sabiam interpretar como AVE acompanhado da palavra LINO.
Nessa tarde o Lino estava no café STOP, seu pouso habitual, calmamente a tomar alguma bebida e embrenhado nos seus pensamentos. Quem sabe pensando numas das grandes ameaças que ele sabia penderem sobre as nossas cabeças, quando, num acesso de súbita lucidez viu sair da cabeça de um conviva algumas mesas ao lado um espírito. Imagine-se em pleno café STOP um espírito mau saindo da cabeça de um senhor acompanhado da esposa tomando calmamente café. O Lino ou AVELINO não esperou muito tempo, perante tal perigo, puxou duma cadeira daquelas que lá existiam compostas por uma armação de ferro e assento de fórmica e espetou com ela com toda a força que pode na cabeça do portador do espirito. O resto podem imaginar.
Quando chegamos (não me lembro quem iria comigo) já as operações iam no rescaldo, mas a memória do Lino qual exterminador de espíritos permaneceu por muito tempo ligada àquele local e na cabeça da vitima se ainda for viva hoje deve ainda haver a marca do dia em que um espírito mau saiu da sua cabeça, mesmo antes de o Lino ter tentado meter o ferro e fórmica lá dentro.

E já agora, falando de Ilustres personagens existe um ainda vivo de seu nome Sá.

Quando à Pisko queiram saber que está de boa saude e recomenda-se. penso que entretanto se reformou ou, pelo menos abrandou a actividade. mas continua a ir ao cabeleireiro. Pode ser vista a passear pela zona da Praia de Valadares.

Abraços

1 comentário:

Rui disse...

O RL já enviou aqui para o blog uma foto de um desses escritos murais do Lino.
Haverá outros ainda possíveis de fotografar?