quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Diz que é uma espécie de auto-promoção...

...Pela qual me penitencio desde já, mas acho que o acontecimento é importante num país que não sabe, nem quer, nem se interessa por estimar e preservar a memória.

A editora Som Livre deitou mão à editora Valentim de Carvalho, o que quer dizer que ficou na posse de um espólio incalculável de música feita em Portugal no século XX, e decidiu criar a colecção Do Tempo do Vinil, que consta de uma série de reedições de álbuns (e singles, EPs, máxi-singles...) do catálogo VC, sobretudo do início dos anos 1980, mas também dos anos 60 e 70, e que nunca haviam tido direito a lançamento em CD (ou, quando muito, saíram naquelas transposições feitas às três pancadas que inundaram o mercado no tempo das vacas gordas, há uns 10, 15, 20 anos).

As reedições desta colecção serão coisas para sentirmos orgulho, pensadas e postas a rolar por pessoas talentosas e que amam a música. Reedições com som cuidado e reprodução o mais fiel possível do arranjo gráfico dos álbuns originais. Para já, vão sair preciosidades como o primeiro álbum dos GNR (Independança), o Mistérios e Maravilhas dos Tantra, o Alibi da Manuela Moura Guedes, o Com uma Viagem na Palma da Mão do Jorge Palma, e o Missing You dos Sheiks. Para o ano sairão mais alguns

A parte da auto-promoção entra aqui: cada reedição incluirá um texto feito agora, uma espécie de making of de cada obra, contado em discurso directo pelos artistas que os fizeram. A mim, convidaram para cuidar do making of do Independança dos GNR. O orgulho e a satisfação de um privilégio desses ter recaído neste vosso criado não cabem neste ecrã de computador.

Para quem se interessar por saber todos os pormernores destas reedições, é favor dirigir-se ao blogue que foi criado para assinalar o acontecimento: chama-se, naturalmente, Do Tempo doVinil.

1 comentário:

Rui disse...

Muito bem.
Cá estaremos para ver/ouvir a coisa.