Andamos todos "desaparecidos" de alguns dos sítios que nos são comuns. Assim como este, para mim lugar de encontro com tanta gente com quem de outra forma praticamente apenas conviveria episódicamente (e seguramente raríssimas vezes nas próximas décadas).
A vida é histérica e esquizofrénica. Não nos dá tréguas e é difícil uma pausa para um quitecat, ver um pôr-do-sol sem estar a fazer nada mais ou escrever umas linhas, aqui ou noutro qualquer sítio.
Eu cá sou mais de fotografar do que de escrever. Talvez mais por preguiça do que por conveniente assunção de falta de talento. Mas ainda assim falta-me o tempo (e são minutos do que se trata) para meter aqui todas as imagens que me passa pela cabeça partilhar neste espaço. Chega a ser absurdo. Isto para não falar de coisas sobre que gostaria de escrever e "conversar" :/ (Para além disso, como acontece com alguns de nós, o meu tempo sentado à frente de um computador é ocasional, irregular e raras vezes prolongado).
O século vinte um é um tapete rolante que não pára debaixo dos nossos pés. E nós, cada vez mais esquizofrénicos!
King Crimson tão presente!!
Gostava de beber um copo com todos. Um momento presencial e analógico. De preferência sem que ninguém olhasse para as horas nem se fizesse ouvir um telemóvel. Condições que já foram tão normais e que parecem agora tão distantes e inatingíveis...
Saudades de um certo século 20!!! :)
3 comentários:
eu não me revejo assim tanto nessa vida-tapete-rolante, não conseguiria sobreviver numa vida sem momentos fopra de horas e de afazeres: prezo demasiado o dolce fare niente e por isso resisto resisto resisto ao overbooking do meu tempo.
não quer dizer que sobre tempo para tudo: apenas que sobra tempo, que vale por si só, ficando, claro, muitas coisas de fora. são estratégias de sobrevivência. cada que arranje as suas.
avisa e vieres beber o tal copo a norte.
Sinto-me bem em "salta-pocinhas" ;) a maior parte do tempo e esqueço-me muitas vezes que "carpe diem" é desacelerar em vez de pisar ainda mais fundo no pedal.
Sou reincidente contínuo no overbook.
Às vezes largo as mãos do volante dos dias acelerados e chega-me a apetecer saltar porta fora em andamento. Para aterrar numa praia azul de inverno com vento e gaivotas como companhia ou no meio de uma barrigada de riso entre amigos de infância e francesinhas.
Respiro fundo. Tento a pausa. Arranjo determinado uma bolha de tempo que consumo como creme hidratante numa pele ao sol... E já estou de novo num carrossel frenético sem o saltitão e o franjinhas agarrados às pernas.
este teu comentário dava outro post: as bolhas de tempo
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