quarta-feira, 14 de março de 2007

Porquinho

Objectos que nos rodeiam e com os quais partilhamos o quotidiano:
apresento-vos o "porquinho", assíduo na borda da banheira, a maior parte das vezes molhado (por dentro e por fora). Normalmente, ao ser espremido, larga um jacto de àgua velha que lhe sai pelo apito que tem na região do duodeno.
Em jovem pai pus-me a comprar patinhos amarelos e barquinhos bonitinhos e até me abalancei para brinquedos de banheira caríssimos e xpto. Sempre me preocupei que os materiais não fossem tóxicos e evitei tanto quanto pude bonecos manhosos de borracha pintados. Resguardei-me de todo o brinquedo que fosse suspeito de se desfazer na àgua, de enferrujar, de tintar o banho e, pelo caminho, evitei os mais feínhos. De que é que me adiantou? Nada. Desde o dia em que entrou em casa (pela mão sabe-se lá de quem) este pechisbeque da loja dos 300, com tintas sabe-se lá se radioactivas made in Taiwan, assumiu a liderança na hora do banho e hegemónicamente assim se mantém desde então. Quem tem criançada sabe do que falo. O leitãozinho rosa já morou em várias regiões do país, já andou de avião e navio transatlântico, já esteve para "ser perdido" inúmeras vezes. Mas continua com o seu focinhito numa expressão cândida a atazanar-me o juízo todos os dias a lembrar-me, numa lição de vida diária, que nem tudo depende de mim.

1 comentário:

Anónimo disse...

Os Leitões são assim! ;)