domingo, 6 de agosto de 2006

o que ando a ler (assim, de enfiada, os livros destas férias)


começo pelo último livro das férias, ainda por acabar. um livro que adiei durante muitos anos e descubro agora absolutamente imperdível porque nunca ninguém escreveu assim - intemporalmente - sobre o que é uma vida (sempre mais que o que os outros se podem aperceber), sobre a morte também, sobre o amor e os laços entre os amantes, sobre as viagens, o sono, o poder, o excesso, sobre o medo e o seu contrário, sobre os livros e a poesia.
depois também pela história de um homem que foi grande, maior que o seu tempo e o seu mundo. apetece ficar para sempre com este livro à cabeceira .


depois de "As Duas Águas do Mar", reencontrar FJV numa história (o formato policial é apenas um pretexto) sobre portugueses entre África, Beirute, Brasil e o Norte de Portugal. também nunca ninguém situou assim uma história na nossa terra: Stº Ovídio, Boavista, a rua Barão de Nova Sintra e Amarante. é uma história intensa, contada numa escrita poderosa e que nos envolve mal entramos nela.
não vou resistir aos livros de FJV que me faltam; como alguns estejam esgotados dão-se alvíssaras a quem mos arranjar.



mais um livro "que faltava": Eça e no seu mais típico sobre a portugalidade . por coincidência, há dois dias, no Abrupto, JPP faz uma transcrição deste trecho significativo.


colectânea de textos (poemas, excertos de livros, cartas e depoimentos) de autores portugueses sobre os comboiso e caminhos de ferro. leitura oficial da linha do norte, serviu de farol para apontar agulhas a 2 ou 3 autores desconhecidos, trouxe uma vontade incontrolável de ler por inteiro a Manhã Submersa (V Ferreira) e fez-me revisitar o Portugal (pequenino, pobre e primitivo) de há apenas umas décadas.

1 comentário:

Rui disse...

Grande Adriano!