A música continua a forrar as nossas vidas como a alcatifa da casa da avó ou o papel de parede dos nossos sonhos.
Proponho uma contribuição muito simples. Sem periodicidade nem limite. Do género do que faço abaixo.
E quem diz “O que ando a ouvir” diz também “O que ando a ler”, “O que ando a fumar”, “O que ando a comer”… não nos falte a imaginação.
Em adolescentes trocávamos livros, discos e cassetes. Com esses objectos partilhávamos as nossas vidas e sobretudo as nossas “procuras”. Hoje a partilha é claramente menos frequente. Mas não é impossível.
O que ando a ouvir
Máximo Park
Albuns:
A Certain Trigger; Apply Some Pressure
Magnetic Fields
Album: Love Songs
Fiona Apple
Album: Extraordinary Machine
Franz Ferdinand
Album: You Could Have It So Much Better
Nouvelle Vague
Album: Nouvelle Vague
Tenciono voltar a este texto para comentar cada um dos items ;)
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006
O que ando a ouvir
Posted by Rui at quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Labels: música
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3 comentários:
O que ando a ler: para além dos blogs, " Diário Remendado" de Luiz Pacheco e os mails com poemas que um tal de Rui me envia.
O que aconselho que se leia:todos do José Luís Peixoto.
Continuo a beber gin. Bombay.
O que ando a ouvir: os cd's todos riscados que andam no carro.
Continuo a fumar. Aumentei o tamanho como a vida e a volometria, ou seja, passei do Ventil para os Malboro Light 100.
Ainda bem que gostaste do "apanhar o carrinho...". E quanto ao que andas a ouvir, vou explorar. Não conheço nada. Ouve Gil Scott-Heron. 70's muito bom. A ler: muita coisa na mesinha-de-cabeceira: desde Pennac a Lars Saabye Christensen "Beatles" - um romance mesmo feito para nós (hei-de escrever um texto depois de o ler...), passando por Torga, etc...
... Também ponho pedras num Blog vizinho ;)
Sérgio, vou tentar ouvir a tua sugestão (Gil Scott-Heron).
Digitais e dessacralizados, o Vivaldi da Mónica e o meu Mozart a passearem em pequenos aparelhos de plástico. Imagino o que eles não poderiam curtir (estou a imaginá-los em estilo Sigue Sigue Sputnik, para ser mais interessante) se estivessem juntos como nos filmes em cima de uma nuvem a comentar a coisa. Viva o mp3!
Por mim continuo fiel ao SG Ventil (embora me tenha tornado bastante moderado no consumo) e a garrafinha azul do gin também me dá as boas vindas a casa em muitos merecidos fins de dia.
Jó,... e a esbofetear as costeletas na cozinha com os Bee Gees… cantaste? (Para mim é importante, para dar forma conclusiva ao pequeno clip que fabriquei na minha cabeça).
Ando a ler, e recomendo, “Trois jours chez ma mère” de François Weyergans e mais um volume de “Jimmy Corrigan, the smartest kid on earth” de F.C.Ware.
O primeiro foi prémio Goncourt 2005 e está a cumprir aquela maldade que os livros têm às vezes que é a de para além de nos revermos em algum do seu conteúdo, ler coisas que escrevemos nas palavras de outra pessoa. O segundo é parte de uma série lindíssima de banda desenhada. O autor é americano (de Illinois) e investe muito na sua estética retro 30-40-50’s para nos fazer planar num universo com um tempo (aqui o dos relógios) muito diferente do nosso. Belo!
Comentários à musica que “postei”
Deerhoof – um certo “sabor” a ensaio no quartinho
Fiona Apple – “an apple a day makes the doctor away”
Franz Ferdinand e Maximo Park – visitas alegres a tiques dos anos 80. E as guitarras. Ah, as guitarras eléctricas, esse saudoso instrumento de tortura e prazer que tem apanhado tanto pó nestes últimos anos (assim como os pratos de choque e outros aparelhos retrógrados).
Nouvelle Vague – revisitações simpáticas de velhos temas e não só. “Guns of Brixton”, “Just can’t get enough”, “Love will tear us apart”. “Too drunk to fuck”, por exemplo, soa sempre bem numa daquelas festas em casa em que toda a gente come em pé com um guardanapinho debaixo do prato.
Rufus Wainwright – Ocupa actualmente um espaço nas minhas escutas quotidianas que o Tom Waits costuma habitar (embora o seu registo seja bem diferente).
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