domingo, 26 de abril de 2009

professores que marcarm

alguém deu a sugestão de falarmos aqui dos profs que nos marcaram e eu tive esta semana uma experiência interessante a esse respeito. uma colega de trabalho perguntou-me se o nome Emeletina me dizia alguma coisa e eu que sim, que tinha tido uma professora de Inglês com esse nome. era a sogra da minha colega. e como descobriram? a minha colega estava a trabalhar em casa despachando trabalho meu enquanto eu estava de férias e a professora Emeletina reconheceu o meu nome escrito algures. perguntou se eu tinha uma cara redonda e sardenta e concluíram que era mesmo eu.

lembro-me bem dessa professora que nos ensinou Inglês no 10º e 11º ano porque foi ela que me recomendou a leitura - em inglês - de um dos livros da minha vida: The Razor's Edge (o fio da navalha) de W. Sommerset Maugham. fui procurá-lo à prateleira dos livros mais amados e ele lá estava, lido e relido, sublinhado e com aquele cheiro das páginas ásperas e amareladas dos livros de bolso da Penguin. na primeira página o meu nome e uma data: 17 de Dezembro de 1981. impressiona como eu já era gente há esse tempo todo.

reencontramo-nos no dia seguinte, pela mão da minha colega. a professora está igualzinha à imagem que guardo dela: o seu penteado alteado sobre a fronte, os óculos, a mesma saia e blusa, a mesma voz. quase trinta (trinta, sim) anos depois. mostrei-lhe o livro emocionada e fiquei babada quando me disse que também a marquei, que ainda se lembra dos meus testes e dos comentários que neles deixava.

2 comentários:

Nossa disse...

Bonita história. A prof. Emeletina também foi minha professora. E lembro-me dela perfeitamente. Naquela altura, corava, como eu. E não eramos nenhuns malandros nada assim de especial.
Reservo uma simpatia enorme pela sua delicadeza (lembras-te?) paixaão e cuidado nas aulas.
Quanto a mim, de certeza não lhe digo nada e esse livro, cujo nome me recordo, só me faz pensar no que desperdicei e ainda hoje deperdiço. Maldito mau hábito de não ler... ... ...

disse...

Obrigado Mónica, gostei muito desta história e dos seus fios (inclusive o da navalha...).

A professora Emeletina não foi minha professora, mas lembro-me bem dela. Fui colega de um dos filhos que também frequentavam a escola. Não pensava neles há muitos, muitos anos...

Obrigado.