terça-feira, 31 de março de 2009

E voltei lá


à ESV (agora ESdr.FA).


Voltei lá através aqui do blogue e do convite que os moços do 8º me fizeram para os ir ver fazer coisas na festa de fim de período.
Simpáticos e educados como são tinham mandado um Cd com fotografias e um filminho de termos estado a "pesar e a medir sons".  E não é que os sacanas dos moços fizeram coisas à 8º ano?

Teatro em que eram primos e faziam de números. Desinibidos e com humor. Cantaram "Wild World" do Cat Stevens. Em coro e com as pernas a balançar, sentados na beira do palco, a olhar para os papéis das letras enquanto por trás, na tela, passava o karaoke... E estavam a gostar de cantar... como se aquela música fosse tão deles como é nossa!

Depois um dos moços disse as suas poesias. Com estilo e a entrega de quem gosta de poesia. (assim como a Célia e a João com o "cântico negro" do Régio, noutros tempos...) E o moço contou com à vontade a histórica de como a professora de português lhe tinha perguntado pelo messenger se fora realmente ele a escrever aquilo! E ele disse que sim, no messenger. E a professora voltava a perguntar, mas foste mesmo tu? E ele: "fui stora!" e acrescentou "é verdade stora! Olhe, já está a chorar! Não chore!" E a malta da turma bateu palmas à stora, de quem devem gostar muito.

Depois não pude ficar para o resto, mas eles estavam muito contentes e eu gostei bastante do que vi.

E terei todo o gosto de lá voltar. Melhor, aproveitarei qualquer oportunidade que se me ofereça para lá voltar... (talvez o "concurso da gritaria" que lhes propus. Um dia, com instrumentos de medição acústica, a ver quem tem, na escola toda, "a vozinha mais fininha" e o "vozeirão mais trovão"!)

Afinal ainda se sonha e gosta de poesia e de música na ESV. Parece que certas coisas não mudaram assim tanto. Pelo menos a banda sonora...

António Reis

Esquecimentos – Será que o foram?

Por Rui de Castro

Passou no dia 11 de Setembro o nono aniversário da morte do Poeta Cineasta António Reis, valadarense ilustre que, talvez porque sua terra dele injustamente se esqueceu, se esqueceu também dela, na medida em que, de há décadas, não tínhamos o prazer de ver por Valadares o "Toninho" Reis como por cá era conhecido em seus verdes anos.

António Reis viveu a sua meninice e juventude numa casa que existiu defronte do campo de jogos do Futebol Clube de Valadares, adjacente à antiga "loja do José Ribeiro" e no local onde depois foi construído um prédio que alojou uma barbearia (Albino Azevedo e Manuel Teles) e uma mercearia (Joaquim Nogueira da Rocha e actualmente a família de Ernesto Tavares).

Hoje o "Toninho" Reis seria considerado uma criança sobredotada. Ainda na Escola Régia, já os colegas, por dois tostões, podiam ver filmes mudos passados em máquinas de projectar por si construídas. E isto parece que diz tudo quanto à sua tendência para a arte cinematográfica e também para a arte nas suas diversas manifestações, sendo de realçar a poesia, também a eleita do seu coração, através da declamação que fazia primorosamente e, ainda, da publicação de uma vasta obra poética do maior nível artístico.

Sabem todos os valadarenses - ou se calhar nem o sabem - que os poetas Ary dos Santos e Adriano Correia de Oliveira, dois grandes artistas, sem dúvida, têm os seus nomes perpetuados em ruas de Valadares, mas não conseguimos compreender como é que um filho da terra, com o nome de António Reis, esqueceu aos responsáveis por estas "ninharias" da cultura e da justiça que deviam prestar homenagem aos filhos de uma terra que em vida a souberam dignificar. Ainda está a tempo. Será que Ary dos Santos sabia onde é Valadares de Gaia?

Talvez venha a talhe de foice e por idênticas razões atrás apontadas, referir que Guilherme Camarinha, um artista plástico de nível mundial que nasceu em Valadares, embora pouco tempo cá tenha vivido, não tenha ainda merecido uma qualquer referência na toponímia local.

Mas há mais! Muitos mais! E nisso haveremos de falar proximamente.

Valadares está inçada, pelo menos na zona litoral, por nomes de navegadores. Facto que, se é como é, muito louvável, enferma, no entanto, pela sua demasia e falta de sentido local, parecendo-nos, por isso, que deveria ser assunto a rever. Só de Vasco(s) da Gama... é uma fartura!”.

Inicialmente publicado em Orfeão 8 (Janeiro de 2001), Valadares, Orfeão de Valadares, p. 6.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Mais ESV

Clicar na foto que tem a sua piada



Os meus olhos já mingaram. Já posso escrever. Explicando: troquei um colírio por outro e as minhas pupilas ficaram do tamanho de azeitonas durante seis dias! Azelhice...

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Mas o que me levou a postar neste preciso momento foi a leitura do texto do Jó e do comentário do Rui. De facto, há muito que não falavamos da ESV. Talvez por isso o post do Jó tenha caído tão bem...
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Há meia dúzia de anos fui com uma malta que não tinha nada a ver fazer um jogo de basquete lá no liceu. Num domingo à tarde, talvez. Quando a certa altura o cansaço me deixou em "quase-coma", resolvi ir dar uma volta pelos locais onde dantes "pousavamos". Quando cheguei ao "pouso" principal, junto às janelas da sala 27, vi que numa das vigas de betão - naquelas que suportam as placas de fibrocimento - estavam escritos os nossos nomes a giz e, claro, BKC. Foi uma sensação incrível. De apropriação. De perenidade. De viagem no tempo.
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De repente vi o murete onde nos sentavamos cheio de gente, amigos e colegas, pastas, mochilas e capacetes. Uns sentados, outros deitados. Ao sol. Vi lá pousada uma caixa de lata avermelhada que eu usava para guardar o material de Arte e Design, onde escreveram a marcador de acetato esdroje e chemanata... Ouvi no silêncio daquele domingo o reboliço frenético do intervalo grande. E de súbito alguém que me perguntava se eu ia dar tiro...
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Lembro-me bem que foi o Nossa que escreveu a pedido os nossos nomes na viga. A façanha foi pendurar-se com uma mão e escrever com a outra. E assim lá ficaram nomes como Xaninha, João, Mónica, Rui, Jorge... Ficaram lá décadas.
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Há relativamente pouco tempo voltei à Escola. Já não me lembro por que razão. Fui espreitar a viga... já não existíamos.
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E ao que parece, tudo vai deixar de existir: pelo que me disse o Jó, o Liceu há-de ir abaixo... Tal como fizeram os alemães com o muro de Berlim, também nós iremos guardar um pedacinho de betão para mais tarde recordar. Mas neste caso, uma época do caraças!
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PS. Alguém sabe porque é que a ESV se chama Joaquim Ferreira Alves? Com todo o respeito que possa ter pelo senhor, nunca percebi qual a relação...

quarta-feira, 25 de março de 2009

Muito nabo na ESV

é o que eu sou nabo aqui, na coisa do blog.

apenas aqui, porque no resto até não me dou mal com os computadores e a internet e tal... mas isto é mal da geração. ainda hoje a prima que é médica, um pouco mais velha que eu, se queixava que não aprendera nada disto na escola e preferia usar o tempo a ver doentes do que a tentar fazer coisas no computador. um ano mais que eu!!! colega do nossa!!! info-excluída!!!

tinha prometido. aqui vai na minha nabice bloguística e de jó.
regressei à ESV há pouco tempo para "pesar e medir o som", com duas turmas do 8º ano. coisa de ciência e de acústica...
não havia prado. estavam lá carros estacionados.
o porteiro foi da minha turma. não me lembrava do nome, mas lembrava-me que já na altura usava o casaco pousado em cima dos ombros, tinha as mãos nos bolsos e um fino bigode... pareceu-me que eu é que tinha estado ausente muito tempo. ele estivera sempre por ali...
não cheguei senão à primeira porta onde se pode entrar agora. não existia quando lá éramos alunos...
havia uma escada para o primeiro andar, onde os bck chegaram a tocar. não vi a professora ana maria, nem a olímpia... nem a esperança, nem o barbosa "estás nervosa?". muito menos a mota na papelaria...
não faço ideia se há associação de estudantes ou se no carnaval alguém atira sacos cheios de água a alguém, ou se há "peidinhos engarrafados". provavelmente ninguém de lá sabe o que é o "games" ou "caemes"... e o "brilhantina" é só uma resplandecente recordação da nossa passagem ali. "já teminou o seu período lectivo?"... ninguém me perguntou, e que pena tive!

disse aos alunos - que educadamente me chegaram para pesarmos e medirmos sons - que ali tinha aprendido algumas coisas das mais importantes da minha vida. e vieram-me lágrimas aos olhos, caraças!!! vocês só estavam ali na minha memória, caraças... não me mandaram à merda nem um beijo na boca, ou um torrão ao focinho, nem me mandaram um ovo à cabeça ou disseram que era feriado a português, caraças... fiquei emocionado a pensar o que é que me tinha acontecido assim tão bom, ali!!!
foram vocês, caraças! foi o que melhor que me aconteceu!!! ter-vos perto e aos professores intemporais dos anos oitenta. tantos e tão bons!
deixo aqui o repto de os nomearem. nomeio apenas o "prancha" e a "amélia", para aperitivo...
ficais com a incumbência de lembrar aqui os PROFESSORES fantásticos (e os outros, que também nos marcaram!!!!) que tivemos na ESV!

pois com os moços do 8º estivemos para ali a falar, a preparar "o português do futuro", mais esclarecido em ciência e acústica, mais feliz de ciência (e ainda bem!!!), com menos "antónias", e eu também contente.
faltamos lá todos. eu e vocês que jogámos reiguebi em duas equipas de "bêbados e drógádos". eu e vocês que fomos a passeios que, entre outras coisas, passavam pelos alpes e o algarve.

pois talvez se saiba mais de acústica naquela escola, mas ainda não se sabe tanto sobre mugustos e motas como já se soubo no passado...
falta a vossa ajuda para que se reconstrua aqui ainda mais uns poucos dessa memória incial da ESV, em 1978/9 !!!

J
 7º E, 8º F, 9º E, 10ºB, 11º A, 12º A... (1978/9 e por aí adiante!)

É do caraças...

Rui,

tal como eu tenho a difícil incumbência de arranjar noiva condizente para um amigo goês (há cerca de 8 infrutíferos anos...) por encomenda pai dele... também tu ficas com a incumbência de fazer uma cena cinematográfica musical com a intensidade desta... tens mais vinte e cinco anos para o fazeres!!!!
Eu colaboro no que achares bem!

Abraço

J

sexta-feira, 20 de março de 2009

Almoçou Rato Demais

É possível fazer algo de útil com os Pearl Jam que não involva uma central de incineração e/ou tampões para os ouvidos e/ou a confiscação dos instrumentos por ordem do tribunal? É possível. Vejam:

sexta-feira, 6 de março de 2009

quinta-feira, 5 de março de 2009

Bio Ria

Quem quer vai. É fácil e não se paga.


É um local fantástico para um passeio óptimo em família ou em turma, a pé ou de bicicleta.
Bio Ria, em Salreu, perto de Estarreja. Na área de influência da Ria de Aveiro.

Estivemos lá terça, dia de Carnaval, e ficámos muito bem impressionados. Fomos com as bicicletas no combóio desde Miramar até Salreu. Óptimo, sem problema. As bicicletas não pagam (embora estejam sujeitas à autorização do revisor para serem transportadas). Regressámos da mesma maneira.
O início e fim do percurso BIORIA  é a 400 metros do apeadeiro de Salreu. Não tem nada que saber. O centro de acolhimento ainda está em construção, por isso não há ninguém, se não se tiver combinado previamente. Pode-se marcar antecipadamente uma visita. Penso que é com a câmara municipal, de qualquer forma o "site" tem essa informação. Lá no local a informação está escrita nos placards que vão acompanhando o percurso. Também está na internet.

O percurso é muito bonito, variado e sempre plano. Não tem quase sombras. Só no início e a meio dos 8,5 kms do percurso. Vêem-se permanentemente aves de todas as espécies. Ouvem-se muitos tipos animais. A natureza é verdadeiramente portentosa, naquele sítio. Passa-se por arrozais, sapais, canaviais, margem do rio, etc. Disseram-nos que as melhores horas são o amanhecer e o entardecer quando os animais estão mais activos.
Nós vimos águias de vários tipos, milhafres, garças de várias espécies, gaivinas, patos de várias espécies, muitas aves pequenas que não distinguimos mas que incluem felosas, rouxinóis, etc. Milhões de rãs, etc. Gostámos imenso. Começámos o percurso de bicicleta cerca das 10:30 e terminámos c. das 13:00. Parámos muitas vezes a ver as aves, as plantas e animais e para fazer piquenique. Andámos sempre com vagar. A pé demora-se seguramente 3 horas (talvez para mais) Pareceu ideal para fazer actividades de jovens: com bicicleta ou sem bicicleta (a M acha que é muito comprido para fazer a pé, mas deve ser porque tem um bocado de preguiça... Na realidade ela gostou muito de fazer o percurso de bicicleta com as primas) com famílias (o percurso todo é demorado, mas pode fazer-se apenas uma parte e regressar para trás) ou sem famílias.


Quem dera lá poder estar todos os dias...

quarta-feira, 4 de março de 2009

Que saudades!!!!

ora cá estou de volta

Esta cena da blogosfera não me parece muito...

Como não venho aqui regulamente escrever esqueço-me das senhas e de como é que isso se faz.
Valeu-me o Nossa que me mandou um convite para entrar em casa... Já andava totalmente perdido. Mas os amigos são para isto mesmo: para nos darem orientação.
Dos que andam aqui, todos ma dão. dia após dia.

Tenho que sair, mas se não me esquecer venho cá daqui a bocado e conto como foi hoje regressar à ESV para dinamizar uma actividade de "Pesar e Medir Som" com as turmas A e B do 8º...
Incrível! Quase chorei!

Até breve e vamos lá a ver se isto fica ou não fica postado!


Enviado pelo Rui L.

domingo, 1 de março de 2009