Noites houve que a música, intensa, nos inspirou.
Às onze, regra geral, era a hora de acabar por causa dos vizinhos humanos. As galinhas não se importavam que prosseguíssemos. E essas onze muitas vezes tinham pernas compridas e chegavam à meia noite.
Na época do calor os finos sabiam bem, depois de tocar. Ou as latas de cerveja compradas na bomba de gasolina. Muito fresquinhas.
Depois a conversa metia-se pela noite dentro e custava a descolar. Fumávamos os cigarros que tivéssemos sem dar conta que se iam.
Uma noite, já muito noite mesmo, estávamos na rua, à porta da casa da avó do Sérgio neste "parla que parla" esgotadas todas as cervejas e cigarros quando passou um tipo meio esquisito a perguntar:
"Have a cigarrete?" A resposta saiu automática e à altura:
"Is not!"
segunda-feira, 30 de janeiro de 2006
Have a cigarrete?
Posted by Anónimo at segunda-feira, janeiro 30, 2006
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2 comentários:
Havia um gajo em Mira, PSP de profissão em Aveiro, que invariavelmente chegava ao pé de nós, fazendo dançar um cigarro entre os dedos e, sempre decidido, pedia:
- Fire, Please.
Ainda hoje o conheço assim e entre amigos, quando queremos lumes (como aprendi na vossa esclola do Porto) usamos a velha senha:
- Fire, Please!
- Fire, please!
camon'iesse !!!
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