quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

Afinal este "Blog" não foi ainda apresentado!

Este é um "Blog" de amigos. De grandes amigos que, entre outras coisas, resolveram um dia criar um grupo de Rock: Os "Banana Killers & Company", mais conhecidos por "BKC".

Numa época em que se falava de "Rock Urbano-Depressivo", estes amigos inventaram o "Rock Rural", mais propriamente, o "Rock Cebola", que, ao contrário de pôr as pessoas a chorar, punha-as muito bem dispostas, sobretudo nos concertos, onde, por vezes, toda a gente desatava à gargalhada!

O Rui e o Jó eram verdadeiros performers, sempre prontos a interagir de uma forma completamente... louca, diria, com aqueles que estavam dispostos a ouvir a nossa música.

Num dos concertos na ESV, durante o "Roxujo", o Rui meteu o microfone dentro das calças e... teve um "comportamento imoral", segundo um dos elementos da Direcção da Escola! Num outro concerto, também na ESV (quanto a mim o melhor), o Jó deu o sinal para o "Tonight" ao toque de clarim... e o Ricardo lá arrancou!

Ainda noutras actuações, o Jó apareceu de casaca vermelha, o Rui trouxe uma harmónica, eu toquei com uma sapatilha de cada cor... Mas nada bate o concerto da pancadaria... É fantástico tocar para uma plateia em que todos, mas mesmo todos, estão a andar ao soco! Ainda me lembro de um gajo, lá ao fundo, a ficar com o casaco feito em pedaços... Aliás, este concerto foi a nossa estreia!

Éramos, de facto, originais: Qual era a banda rock que tinha a coragem de dar concertos sem P.A.? Que tinha uma bateria cujo bombo era um bidon de madeira? Que tinha uma coluna de baixo roída parcialmente pelos ratos? Que tinha perús e galinhas a fazer coro em vez de meninas molatas? E, sobretudo, qual era a banda rock que tinha a coragem de pôr a Vânia em cima do palco, de capacete "à velhote", a cantar "eu ando à procura da estrela, estava longe de mim mesma, estava longe de mim"?

Afinal, qual era a Banda Rock que, numa altura em que se faziam músicas de nome "Chiclete", tinha o sonho de tocar como os King Crimson? Qual era?

1 comentário:

H em Stª Apolónia disse...

Muito prazer, estamos apresentados.

Revisitados. Tudo isto é-me um bocadinho tangente. Cheguei a conhecer a garagem.A saber das histórias. A lembrar-vos.

Mas sabem mesmo o que me ocorreu depois de vos ler ? falta o Miguel. A referência. o lugar.o sinal, pequeno.

E eu que só estive com ele uma única vez, exactamente nesse entardecer em que fui à garagem ... lembro de fazer a 109 a pé a conversar com ele.Sentar num muro do Braseiro ( é?) e continuar a falar. Da fala não lembro. lembro dele.
Voltei a saber dele quando vos li agora...

Disse-me a Mónica.

passo mais vezes.