"(...) A Arqueologia também 'empresta' os seus métodos à Antropologia médico-legal ou forense: Bill Haglung (...) mostra aqui [no livro] o admirável trabalho efectuado pela ONG Physicians for the Human Rights nas valas comuns argentinas, jugoslavas, ruandesas e kosovares. Esta Arqueologia específica dialoga com o abjecto, o inadjectivável, o impensável, o indisível... Por isso, ela deve ser exercida para dar aos tribunais penais os elementos de prova requeridos pela administração da justiça, e para permitir aos sobreviventes fazer o luto dos entes próximos. Nós preferiamos que a nossa época se dedicasse apenas aos neandertais, ao Homo erectus e ao Neolítico; mas é preciso que o nosso século faça também a arqueologia dos genocídeos".
Jean-Paul Demoule (2008) L' Avenir du Passé. Modernité de l'Archeologie, Inrap/ La Découverte, p. 12 (tradução livre feita por moi-même).
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Um brilhante contributo...
Posted by Sérgio R at terça-feira, fevereiro 17, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário