terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Tempo

Acho que nunca calhou ouvirmos John Martyn quando nos juntávamos com discos em casa (a dele e a da avó) do Sérgio, ou no escritório ou na casa do Luís. (As saudades estúpidas que tenho de fazer isso.) Acho que ninguém tinha discos dele, nem acho que alguma vez o nome dele se tenha metido em alguma conversa. A perda é toda nossa.

Ele, John Martyn, morreu a 29 de Janeiro, aos 60 anos. Era uma personagem irrascível (são bem empregues todos os minutos que queiram investir a ler esta história do homem) que cometia o milagre de fazer música etérea.

"Bless the Weather" porque o dia que agora acabou foi um dia em que deu vontade de dizer isso várias vezes - mas um dia que passei quase todo fechado no quarto na Praça de Londres, a ouvir a discografia completa dos Mão Morta (trabalho oblige - e não me importava que o trabalho fosse sempre assim, tão simpático comigo) enquanto a L. e a S. se vestiram de bruxas e foram atirar serpentinas a outras bruxas e abelhas e miúdos-aranha e super-catraios & etc. para a beira-mar, algures por Valadares. "Bless the Weather" entre um "Bófia", um "Facas em Sangue" e um "Anarquista Duval".

Sem comentários: