calados que nem ratos.
Nem uma postadazita, um "que ando a ouvir", um "grafite moderno" trazido pelo ruizito, uma carteira de fósforos dos anos 80 encontrada no fundo do baú, uma baforada de fumo de um cigarro partilhado em conversa...
Nada.
Estamos calados.
Hoje entrei na "Escola Preparatória de Valadares". Deve ter outro nome, mas não sei como é. Está cor de rosa e com ar velho. Pensava de mim para mim que escolas como esta - igual à vizinha "Secundária de Valadares" que frequentámos - apareceram como cogumelos por todo o país - eram todas muito parecidas - a partir do 25 de Abril. Era um sinal de "progresso" mas, afinal, pouco ambicioso. Ao fim de 30 anos percebe-se que estes edifícios - "obras públicas" - eram, e são, de muito má qualidade. Desconfortáveis, sem qualquer desafio estético ou visual, com espaços exteriores miseráveis e, para mais, com má utilização. Dizia-se que eram "ofertas" de países ricos (tipo Noruega ou Canadá). Não sei se era verdade. O que sei é que os mesmos projectos arquitectónicos não podiam servir bem para a Amadora, Loulé, Valadares e Mirandela... E foi o que aconteceu.
De alguma maneira, embora gostássemos de estar na escola (pelo menos eu gostava. Repare-se que não escrevi "gostássemos de andar na escola ou das aulas"...) acabamos por ser - ao ser aquilo que somos - um reflexo dessa falta de qualidade: cinzentos, sem arrojo e placidamente governados por políticos sem qualidade.
Obviamente que havia coisas fantásticas nas dimensões de solidariedade e amizade na escola e tivemos professores extraordinários (só por nos aturarem...). E isso foi muito bom. E muitas outras coisas como por exemplo tantos de nós terem oportunidade de estudar porque perto de casa havia uma escola. Mas imagino como teria sido tudo se os edifícios onde fizemos uma parte fundamental da nossa formação não tivessem sido construídos para durarem 30 anos, mas sim 300! Não estou a delirar, nem a sonhar. Há escolas assim em países mais desenvolvidos que Portugal. E mesmo aqui (ainda) há alguns edifícios com mais de 100 anos que não deitaram abaixo para construir de novo e pior. E os países onde as escolas podem ter 300 anos não são necessariamente mais ricos. Têm é um sentido de investimento e de utilização do dinheiro menos espalhafatosa e mais racional. E não têm tanta corrupção.
Teríamos sido, concerteza, diferentes se tivéssemos estudado em escolas / edifícios de outra qualidade.
sábado, 29 de março de 2008
Estamos todos
Posted by Jó at sábado, março 29, 2008 2 comments
Labels: ESV
segunda-feira, 17 de março de 2008
Erik Satie
Quando era jovem as pessoas costumavam dizer-me "Espera até teres cinquenta anos e verás". Agora tenho cinquenta anos e ainda não vi nada.
Eric Satie, Le Coq, 1920
http://br.youtube.com/watch?v=LPhiwLjBF-0
Posted by Jó at segunda-feira, março 17, 2008 0 comments
quinta-feira, 13 de março de 2008
The greatest lesson in life is to know that even fools are right sometimes.
Winston Churchill
Posted by Rui at quinta-feira, março 13, 2008 0 comments
Não dá saúde, não
Posted by Rui at quinta-feira, março 13, 2008 0 comments
Labels: música, sinais do tempo, vídeos
quarta-feira, 12 de março de 2008
台灣最會玩沙的男人 - 莊明達
Existem centenas de videos de "sand art" no youtube, mas este achei digno de estar aqui, por causa dos comentários
Posted by Rui at quarta-feira, março 12, 2008 0 comments
Labels: animação, artes visuais, vídeos
domingo, 9 de março de 2008
Assim devagarinho...
Já me estava a ver paranóico, mas eis que o artigo de Daniel Sampaio no Público deste domingo “Farto de Salazar”, me garantiu que não ando a ver coisas a mais.
Esta campanha publicitária de uma colecção sobre “os anos de salazar” que nos apresenta um Salazar Andy Warholiano muito cool que ainda por cima nos olha nos olhos, anda a incomodar-me!
Também me incomoda outra campanha de uma colecção sobre o mesmo período que afirma cinicamente: “Nem bom nem mau. Incontornável”... Ufff.
E para aqueles que, como eu, não acreditam numa ingénua incultura e estupidez de algum director criativo, eis que a campanha da Coca-Cola Light põe uns jovens a libertarem-se “da tralha do passado” enquanto se ouve a canção “E depois do Adeus” do Paulo de Carvalho que serviu de código para o arranque daquela madrugada de 74 ...
Bem. Desculpem lá o desabafo pouco típico deste blog que se dedica ao “Bright Side of Life”. Se calhar criamos outro blog só para estas coisinhas. Assim pequeninas.
Posted by Nossa at domingo, março 09, 2008 4 comments
Labels: memória
sexta-feira, 7 de março de 2008
"Xácara das bruxas dançando"
excerto do filme "Sobre o Lado Esquerdo"
Posted by Rui at sexta-feira, março 07, 2008 0 comments