SÉRGIO, claro! O da guitarra amarela. O da choper. Sim, a bicla do Sérgio era uma choper (daquelas de roda grande atrás e pequena à frente). Se não me engano também amarela. Sérgio, o neto do avô Tomé. O sobrinho do tio João que tinha muitas fotos tipo passe (estou à espera da letra T para lembrar!!!!)...
SAPINHO era o o nome que eu dava quando era puto (muito miúdo mesmo)a uma nova (nessa época) sensação que experimentava ocasionalmente: qualquer coisa aos saltos e a crescer dentro das calças. A sensação era estranha mas não era nada desagradável. Verifiquei mais tarde que podia dominar o sapinho e que ele, esgotado, desistia cuspindo afirmativamente. Não creio que tivesse qualquer relação com o homem dos jornais.
O Sapinho dos jornais também cuspia... mas era para o chão! E já agora, é curioso como todos os gajos que conheço deram (ou ainda dão um nome à gaita! Eu acho que nunca lhe chamei nada - talvez lhe tenha chamado nomes feios uma vez em que a camisinha furou! :-)
SAPATILHAS - "Se tens sapatilhas, anda-me acaçar!" - Era uma expressão dos anos 80, tão profunda como tantas outras. Nunca passou a ninguém pela cabeça substituir a palavra sapatilhas pela palavra ténis! A frase, para além de perder o sabor que o verbo acaçar (!) assume, tornar-se-ia ridicula com essa designação tão sectária dos anos 90 que trata uma peça de calçado pela designação exclusiva de um desporto (ainda por cima quase de elite)! Relembro algumas sapatilhas: SANJO (as brancas, as pretas, sapato e bota), o seu chiar, o seu característico cheiro e sobretudo a trabalheira que era limpar a sola com um pauzinho quando pisavamos algo indesejado (lembram-se do piso dessas solas?). JOHN SMITH (de muitas cores), compravam-se em Espanha e eram igualmente excelentes em exalar novos e intensos odores quando se descalçavam. Os BKC eram fãs! DUNLOP (de base branca, mas com uma outra cor a caracterizá-las. Lembro-me das azuis e das verdes). Ficavam no primeiro momento com a marca do selector da mota (nos condutores) ou com salpicos de óleo (no caso dos penduras). ADIDAS STAN SMITH (brancas). Estas sim eram de ténis. Lembrei-me delas porque comprei ontem umas pretas (não havia na altura). No primeiro Vilar de Mouros eu tinha umas brancas. Acho que estou a ver o Vasco com umas também na altura.
Rui: a tua descrição das sapatilhas é simplesmente brilhante. Aquela parte sobre limpeza da sola das Sanjo com um pauzinho é quase tocante! Lembro-me que era um desespero quando saía do galinheiro da minha avó, onde ía buscar ovos (ou apenas perseguir as galinhas!). Lembro-me que era um terror quando fazíamos um pic-nic e íamos passear pelos pinhais... calcava-se sempre qualquer coisa que mesmo depois de extraída daquelas quase-micro-nervuras continuava por longas horas a libertar micro-partículas que enlouqueciam o nosso nariz e o de quem nos rodeava. E olhavamos uma e outra vez para a sola, já não víamos nada e o pivete continuava até ao dia seguinte. Para quem não sabe ou lembra, compravam-se no Sr. Guerra e eram das mais caras! A duração: até rasgar!
13 comentários:
SÉRGIO, claro! O da guitarra amarela. O da choper. Sim, a bicla do Sérgio era uma choper (daquelas de roda grande atrás e pequena à frente). Se não me engano também amarela. Sérgio, o neto do avô Tomé. O sobrinho do tio João que tinha muitas fotos tipo passe (estou à espera da letra T para lembrar!!!!)...
SAPINHO - O nocturno homem dos jornais. O Sapinho a passar de bicla = já é tarde de caraças!!!
Obrigado Rui.
SAPINHO era o o nome que eu dava quando era puto (muito miúdo mesmo)a uma nova (nessa época) sensação que experimentava ocasionalmente: qualquer coisa aos saltos e a crescer dentro das calças. A sensação era estranha mas não era nada desagradável. Verifiquei mais tarde que podia dominar o sapinho e que ele, esgotado, desistia cuspindo afirmativamente.
Não creio que tivesse qualquer relação com o homem dos jornais.
O Sapinho dos jornais também cuspia... mas era para o chão! E já agora, é curioso como todos os gajos que conheço deram (ou ainda dão um nome à gaita! Eu acho que nunca lhe chamei nada - talvez lhe tenha chamado nomes feios uma vez em que a camisinha furou! :-)
Soares, a Cristina. A que me deu casa, algumas vezes. A doce Cristina Soares.
SAPATILHAS - "Se tens sapatilhas, anda-me acaçar!" - Era uma expressão dos anos 80, tão profunda como tantas outras. Nunca passou a ninguém pela cabeça substituir a palavra sapatilhas pela palavra ténis! A frase, para além de perder o sabor que o verbo acaçar (!) assume, tornar-se-ia ridicula com essa designação tão sectária dos anos 90 que trata uma peça de calçado pela designação exclusiva de um desporto (ainda por cima quase de elite)!
Relembro algumas sapatilhas:
SANJO (as brancas, as pretas, sapato e bota), o seu chiar, o seu característico cheiro e sobretudo a trabalheira que era limpar a sola com um pauzinho quando pisavamos algo indesejado (lembram-se do piso dessas solas?).
JOHN SMITH (de muitas cores), compravam-se em Espanha e eram igualmente excelentes em exalar novos e intensos odores quando se descalçavam. Os BKC eram fãs!
DUNLOP (de base branca, mas com uma outra cor a caracterizá-las. Lembro-me das azuis e das verdes). Ficavam no primeiro momento com a marca do selector da mota (nos condutores) ou com salpicos de óleo (no caso dos penduras).
ADIDAS STAN SMITH (brancas). Estas sim eram de ténis. Lembrei-me delas porque comprei ontem umas pretas (não havia na altura). No primeiro Vilar de Mouros eu tinha umas brancas. Acho que estou a ver o Vasco com umas também na altura.
SHIT - em português não soava tão cool, nem se fumava tão bem!
SU, que é feito de ti?
"STAIRWAY TO HEAVEN"
Rui: a tua descrição das sapatilhas é simplesmente brilhante. Aquela parte sobre limpeza da sola das Sanjo com um pauzinho é quase tocante! Lembro-me que era um desespero quando saía do galinheiro da minha avó, onde ía buscar ovos (ou apenas perseguir as galinhas!). Lembro-me que era um terror quando fazíamos um pic-nic e íamos passear pelos pinhais... calcava-se sempre qualquer coisa que mesmo depois de extraída daquelas quase-micro-nervuras continuava por longas horas a libertar micro-partículas que enlouqueciam o nosso nariz e o de quem nos rodeava. E olhavamos uma e outra vez para a sola, já não víamos nada e o pivete continuava até ao dia seguinte. Para quem não sabe ou lembra, compravam-se no Sr. Guerra e eram das mais caras! A duração: até rasgar!
SUMOL - De laranja ou ananás. Ainda existe e ainda bebo. Nunca mais lhes vi aquele depósito característico no fundo da garrafa.
SENHOR DOS AFLITOS, SENHOR DA PEDRA, S. JOÃO, SENHOR DE MATOSINHOS, SÃO PEDRO DA AFURADA... e outros.
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