quinta-feira, 6 de maio de 2010

Um e-mail ao "pessoal"

Caros amigos e caros desconhecidos a quem este texto possa chegar,

Esta história das portagens é mais uma manifestação da demência e da cleptomania dos nossos governantes de extrema-direita ditatorial fascista (camuflados por detrás de um socialismo de caca), que tudo têm feito para nos sugar até ao tutano.

Efectivamente, basta visitar a Wikipédia para percebermos o descaramento dos políticos que nos obrigam a pagar as coisas pela eternidade adentro. Ora vejam: “Uma SCUT é uma auto-estrada em regime de portagens virtuais, cujos custos são suportados pelo Estado Português [ou seja, por nós contribuintes]. A construção e manutenção é da responsabilidade de uma empresa concessionária. A sigla SCUT é uma abreviatura de "Sem Custo para os Utilizadores" [pois, pois…]. O conceito de SCUT foi introduzido em Portugal em 1997, pelo governo do Eng.º António Guterres, pela mão do Ministro do Equipamento Social, Eng.º João Cravinho [de notar que dentro da caca socialista há uma que cheira menos mal do que outra]. Actualmente, algumas das auto-estradas portuguesas em regime SCUT são: A17, A22, A23, A24, A25, A28, A29, A14. Financiamento: Na sua maioria, a construção, conservação e manutenção das estradas portuguesas é financiada com o dinheiro dos impostos dos contribuintes, havendo também comparticipação de fundos comunitários [mas, ao que parece, não é suficiente!].
No caso das auto-estradas, no modelo de portagem, para além de uma ajuda do Estado [ou seja, nós contribuintes] no custo da construção, é o utilizador da mesma [ou seja, nós contribuintes] que através do pagamento da portagem sustenta a construção, financiamento, manutenção e exploração da auto-estrada.
No modelo SCUT, é o dinheiro dos contribuintes [o nosso, portanto], através dos impostos, que suporta o custo de construção, manutenção, exploração e financiamento. O Estado entrega a construção, financiamento, exploração e manutenção da auto-estrada a um consórcio privado, pagando a este uma dada tarifa por cada veículo que circula nessa via”.

Perceberam? Claro que sim! Os inteligentes dos governantes também percebem, só que, por questões patológicas e de (de)formação profissional, não estão aptos a cumprir nem a fazer cumprir as regras que eles próprios definem. Nessa medida devemos desculpá-los – na lógica “coitados, têm problemas, não sabem o que fazem…”. Em todo o caso, há os hospitais! Há sítios onde podem ser internados por forma a que se garanta a segurança do cidadão comum. Notem que um qualquer jovem arruaceiro que cometa um pequeno delito passa algum tempo, pouco que seja, a ser massacrado pela autoridade…

Outra coisa que vos queria dizer é que fico muito feliz por ler nos vossos e-mails frases como “corta-se a estrada” e coisas do género. Para mim – um potencial “homem-bomba” contra interesses do governo de Sócrates, apesar de ter votado PS desde que tenho idade para votar –, o que era preciso era “cortar-cabeças”. O que era preciso era ressuscitar o “Espírito de Abril” e fazer outra Revolução. Mas desta vez, as ameaças de fuzilamentos no Campo Pequeno não podiam ficar pelas simples ameaças…

Claro que a Revolução nunca mais será possível! O nosso regime democrático de extrema-direita ditatorial fascista (no pós-modernismo tudo é possível sem que haja contradições!) tem-se encarregado de limpar das mentes o instinto de revolta, com esquemas muito parecidos aos descritos pelos clássicos A. Huxley e G. Orwell. De facto, o nosso regime empenhou-se, de forma exemplar, no desenvolvimento de estratégias impeditivas do pensamento reflexivo e do pensamento crítico, fomentando, por sua vez, mecanismos de apatia, de dormência e de indiferença (geram-se assim criaturas semelhantes às que A. Huxley integrava na casta Épsilon, em inglês denominadas Epsilon Semi-Moron). Esse mesmo regime, destruidor do potencial humano para a cultura e para a intervenção, alimenta-nos antes com os valores do consumo, do sucesso e da competição, os quais acabam por ser abraçados com uma espécie de prazer onanista.

É por isso – pelo lavar dos cérebros dos nossos jovens, ingenuamente envolvidos em modalidades de ensino e de formação baseadas no “facilitismo” e, sobretudo, desfasadas da complexidade da vida real – que nunca mais teremos revoltosos. Nunca mais teremos heróis românticos que ergam o peito despido perante armas em riste. Teremos sim uns “meninos” que nem tão-pouco sabem o que é uma SCUT… Mas são precisamente estes que "lhes" interessam!

Metáforas à parte, o que era preciso era correr com os homens do poder de nacionalidade portuguesa daqui para fora, e entregar a gestão deste “país-farrapo” a uma qualquer organização estrangeira! Por mim, podia ser espanhola.

Um abraço,

Sérgio

4 comentários:

Jorge F. disse...

Bato palmas e tiro o chapéu.

Anónimo disse...

Concordo, agradeço...na práctica vou pagar portagem para sair de casa, almoçar nos meus pais e " ir à loja".
Devo ter feito Zig em vez de Zag, algures na minha vida, e sempre achei que "o" ia pagar a vida inteira, e como se isso não bastasse, cá estão "eles" a lembrarem-me e a exigir que eu ponhas as minhas "quotas em dia".
CADA VEZ GOSTO MENOS DE SER SÓCIO DESTA AGREMIAÇÃO( PORTUGAL).

Anónimo disse...

Assinei o anterior como anónimo, não vá "eles" perceberem, que a caligrafia é igual ao Bilhete do último roubo de dinamite:
"Devolverei armadilhado..."
RM

Anónimo disse...

Como legado às gerações vindouras, gostaria de propôr ( "uma petição em linha") a reabertura de uma determinada faculdade em Lisboa, clamando que mais uma vez nos estão a sonegar direitos fundamentais, sim porque eu:
"TAMBÉM QUERO TIRAR UM CURSO AO DOMINGO"