sábado, 31 de outubro de 2009

If you can dream it, you can do it.

Washington, 30 out (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira o fim da proibição para os doentes de aids de viajarem aos Estados Unidos, um veto que permanecia vigente desde 1987.
(…)
Lembrou que "há 22 anos, em uma decisão baseada no medo mais que nos fatos, os EUA impuseram a proibição de que quem possui o vírus da aids pudesse entrar em seu território".
(…)
Por isso, acrescentou que seu Governo "publicará nesta segunda-feira um regulamento definitivo que eliminará a proibição, com efeito, imediatamente após o Ano Novo".

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Sempre à frente estes USAs

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pororoca

A GOOD DAY TO DIE: Sofa Surfers

domingo, 25 de outubro de 2009

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Health - Heaven

The first music video from the L.A.-based band HEALTH, whose self-titled debut album was released on Lovepump United Records. This video was made entirely from footage taken from the Werner Herzog documentary "The Great Ecstasy of the Woodcarver Steiner" (1974).

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Bom dia Irmandade da Banana

Na noite de 29 de Outubro, uma 5ª feira à noite, o meu alter ego DJ Porkka sairá das trevas para uma noite – uma só – de exorcismos musicais vários. Não me perguntem porque é que este alter ego saiu com este nome. "Bernardo Soares" e "Alberto Caeiro" também não eram grande coisa e olhem no que deram.

O set tem o nome de “Excavations” e o subtítulo “Coisas de que gosto à brava” ou também às vezes "Tropa Alemã e Intercontinentais Diversos". Rodamos no domínio do obscuro e do transcendente. A proximidade do Halloween é relevante.

Não passarei Bananamour, de Kevin Ayers. Mas, ao longo da noite, Kraftwerk, Ramases, Amon Duul, Can, Terje Rypdal, Pink Floyd, Beatles, Family, Dashiell Hedayat, Faust, Guru Guru, Gentle Giant, King Crimson, Mythos, Manuel Gottsching, Neu!, Agitation Free, Catapilla, Manfred Mann Chapter III, Quiet Sun, Grobschnitt, SBB, Kada, Soft Machine, Picchio dal Pozzo, Secret Oyster, Frank Zappa, Mahavishnu Orchestra, Hawkwind e outros... virão fazer-nos companhia.

É no Bar O Século, do amigo Manuel Melo: Rua do Século 80 - 1200-436 LISBOA, a partir das 21,30.

Pode ser que vos apeteça..

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Big Ideas (don't get any)

http://vimeo.com/1109226

Video by James Houstonjim@1030.co.uk

I graduated from the Glasgow School of Art's graphic design course. This was my final project.Radiohead held an online contest to remix "Nude" from their album - "In Rainbows" This was quite a difficult task for everybody that entered, as Nude is in 6/8 timing, and 63bpm. Most music that's played in clubs is around 120bpm and usually 4/4 timing. It's pretty difficult to seamlessly mix a waltz beat into a DJ set.This resulted in lots of generic entries consisting of a typical 4/4 beat, but with arbitrary clips from "Nude" thrown in so that they qualified for the contest.Thom Yorke joked at the ridiculousness of it in an interview for NPR radio, hinting that they set the competition to find out how people would approach such a challenging task.I decided to take the piss a bit, as the contest seemed to be in that spirit. Based on the lyric (and alternate title) "Big Ideas: Don't get any" I grouped together a collection of old redundant hardware, and placed them in a situation where they're trying their best to do something that they're not exactly designed to do, and not quite getting there. It doesn't sound great, as it's not supposed to. I missed the contest deadline, so I'm offering it here for you to enjoy.

Sinclair ZX Spectrum - Guitars (rhythm & lead)Epson LX-81 Dot Matrix Printer - DrumsHP Scanjet 3c - Bass GuitarHard Drive array - Act as a collection of bad speakers - Vocals & FX

sábado, 10 de outubro de 2009

Morreu




Soube ontem. E fiquei triste.
Não é comum nestes lugares falar-se de padres para dizer bem. É mais normal dizer mal. Mas deste homem, deste Padre, dá-me para dizer bem. Porque era amigo dele e aprendi coisas com ele. E nunca me pediu nada. Era transmontano como as minhas costelas do lado do coração.

Há vários anos que não via o Pe. Viriato.
Foi professor de moral de alguns de nós da ESV no início dos anos 80.
Também o recordo por isso, mas é mais por outras coisas menos comuns na altura, como andar a jogar à bola connosco no recreio e falar com toda a gente. Para o futebol trazia equipamento e tudo. Era baixo e tinha as pernas curtas, mas corria que se fartava.
Lembro-me que a certa altura organizou e dirigiu um coro lá na ESV que ensaiava ao sábado de manhã. Nunca fui, mas estava na escola porque tinha aulas e via a malta desse coro a dançar e a cantar. Contentes.
(Era uma coisa estranha haver um coro na escola e haver quem gostasse de participar. Na altura a malta tinha a mania... e se não queria passar por "cartão", curtia era "Stones", "Van Hallen" ou David Bowie... [porque é que não se usa o artigo definido antes dos nomes dos músicos pop? a malta foge destes artigos, como da sarna! porque não se diz "os Stones" e se diz só "Stones"?] isso do coro...)

O Padre Viriato adorava a música e também tocava órgão. De uma forma exuberante e cheia. Preenchia imenso o contraponto. De resto, parece-me que era uma das coisas que fazia permanentemente. Encher o espaço onde estava. Com histórias e conversas. Conseguia ser tudo menos chato. Como padre era um entusiasta. Como pessoa, o melhor que se pode dizer é que tinha amigos de todo o tipo em todo o lado. E isso diz muito.

Era culto e cultivava o saber.

Aprendi muitas coisas com ele a ouvi-lo falar. Uma vez num discurso explicou o significado do verbo "recordar". Do latim "corde" = "coração". Dizia ele bem humorado: "re-cordare" é "guardar no coração".

Aí está.

Requiem in aeternum
Viriato Matos (1938-2009)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

não entendo

Aqui pode-se escrever do que dá na bolha.
Por isso escrevo sobre política. Para me pôr a mim próprio uma interrogação.
Ando a pensar no mundo e sei que ele é assim. Não o desculpo mas compreendo-o.
As pessoas é que não as compreendo mas desculpo-as.
A minha interrogação é para mim. A minha dúvida é só minha.
Para ver se percebo o que ainda não percebi e para desculpar o que não sei desculpar.

Não fiquei impressionado com o resultado eleitoral.
Fiquei impressionado com a tua opção eleitoral.
Não deixei de me interrogar sobre o que te teria levado a tomar tal decisão.
Cheguei às minhas conclusões. Que são as minhas interrogações.
E não consigo ver mais do que o fascínio e a hipnose pela platina capilar e pela gravata monocromática. E as mãos a abanar, a voz a vender banha da cobra, cheia de confiança e estilo sério, e mentira dita com olhar de verdade.
Não acho estranho que a mensagem passe.
Tantas pessoas estão prisioneiras de 200 euros por um bébé com 20 anos... Não acho estranho que a propaganda de magalhães, que vinga entre ditadorzecos sul-americanos, não vingue também na terra onde trinta dinheiros valem um bilhete para o toni carreira. Na terra onde o cheiro a crise sai pela comunicação social apenas fora do período eleitoral. Porque a memória é como um gelado de verão. Saboroso, inofensivo, barato, de cabelo platinado e voz calma e melosa que nos promete quinhentos euros no natal ou uma promoção no emprego. Derrete-se à medida que nos dá prazer. Dá-nos prazer à medida que se derrete.
A memória é uma doença, nestes tempos. Uma espécie de gripe A, só que menos barulhenta. Que faz muito mal e só ataca alguns. Que não têm regras desenhadas à medida de uma "reforma" e de ser de "esquerda moderna".

Lembrou-me agora a canção do Sérgio Godinho por causa do refrão... é certo que a miséria - agora - é mais do espírito que da boca. Essa, a boca, enquanto houver Lidl aberto ou governo socialista, sempre tem onde ferrar o dente...


Numa ruela de má fama
faz negócio um charlatão
vende perfumes de lama
anéis de ouro a um tostão
enriquece o charlatão

No beco mal afamado
as mulheres não têm marido
um está preso, outro é soldado
um está morto e outro f´rido
e outro em França anda perdido

É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra

Na ruela de má fama
o charlatão vive à larga
chegam-lhe toda a semana
em camionetas de carga
rezas doces, paga amarga

No beco dos mal-fadados
os catraios passam fome
têm os dentes enterrados
no pão que ninguém mais come
os catraios passam fome

É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra

Na travessa dos defuntos
charlatões e charlatonas
discutem dos seus assuntos
repartem-se em quatro zonas
instalados em poltronas

P´rá rua saem toupeiras
entra o frio nos buracos
dorme a gente nas soleiras
das casas feitas em cacos
em troca de alguns patacos

É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra

Entre a rua e o país
vai o passo de um anão
vai o rei que ninguém quis
vai o tiro dum canhão
e o trono é do charlatão

Entre a rua e o país
vai o passo de um anão
vai o rei que ninguém quis
vai o tiro dum canhão
e o trono é do charlatão

É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra

John Mayall's bluesbreakers featuring Mick Taylor at Pavilhão Infante Sagres


terça-feira, 6 de outubro de 2009